Habilidades sociais e autismo: como posso ajudar meu paciente?

Habilidades sociais e autismo: como posso ajudar meu paciente?
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

Muitos estudos na área da psicologia se dedicam a entender as relações entre as habilidades sociais e autismo. Isso acontece, pois o tratamento psicológico de pessoas autistas pode ser muito beneficiado pela aplicação de atividades que buscam desenvolver as habilidades ligadas ao convívio social, afinal, pessoas com esse transtorno apresentam diversas dificuldades de se comunicar, se expressar e se relacionar com os outros.

Por isso, separei algumas sugestões de como elaborar um tratamento eficiente de pacientes autistas, a partir da formação de grupos de treinamento de habilidades sociais. Confira!

O que é autismo?

Habilidades sociais e autismo

Antes de entender a relação entre as habilidades sociais e autismo, é preciso definir estes conceitos. Portanto, o autismo é um transtorno no desenvolvimento neurológico que, geralmente, começa a se manifestar na infância, podendo ser identificado já nos primeiros 24 meses de idade.

Um dos principais sintomas é a dificuldade em se comunicar e interagir com outras pessoas, isto é, ter problemas ao criar laços de amizade, manter conversas, entender sarcasmo, expressar sentimentos e opiniões, etc. 

Além disso, também é possível notar diferenças no comportamento de uma criança com autismo em relação ao de outras da mesma idade. Como, por exemplo, a repetição de gestos e palavras sem motivo aparente, ansiedade, agressividade e resistência em se adaptar a novas rotinas. 

Vale lembrar que o Transtorno do Espectro Autista não é uma condição que atinge todas as pessoas da mesma forma. Existem casos mais e menos graves: é muito comum uma pessoa passar toda a infância sem ser prejudicada pelo transtorno, mas começar a apresentar dificuldades conforme as necessidades sociais aumentam. Por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que, dessa forma, o tratamento possa obter resultados melhores para a qualidade de vida do paciente. 

As causas do autismo ainda não são totalmente compreendidas pela ciência. Até o momento, três possíveis causas são as mais utilizadas para justificar o transtorno: hereditária, doenças genéticas e fatores ambientais, como a exposição a compostos tóxicos durante a gestação (álcool, tabaco, inseticidas, alguns medicamentos).

O que são habilidades sociais?

As habilidades sociais podem ser definidas como um conjunto de capacidades que contribuem para um convívio social saudável. Isso inclui saber se comportar de forma adequada em diferentes contextos sociais, respeitar o espaço pessoal de outras pessoas e expressar pensamentos e emoções.

Os psicólogos Zilda A.P. Del Prette e Almir Del Prette são os principais autores brasileiros dessa área e já dedicaram muitas obras à compreensão dos mecanismos de socialização. 

Inclusive, no livro Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo (2001), eles separaram as habilidades sociais em sete categorias, cada uma descrevendo capacidades relacionadas a um campo específico da vida em sociedade. 

São elas: habilidades de autocontrole e expressividade emocional, habilidades empáticas, habilidades de civilidade, habilidades assertivas, habilidades de fazer amizades, habilidades acadêmicas e, por fim, as habilidades de solução de problemas interpessoais.

A influência das nossas competências sociais

A influência das nossas competências sociais

Dessa forma, a pessoa que tem as habilidades sociais bem desenvolvidas é capaz de realizar uma leitura adequada de diferentes situações para poder, então, agir de maneira coerente com os seus pensamentos. Isso envolve compreender as normas de convívio em ambientes específicos e, dessa forma, se adaptar melhor a elas: criando e mantendo laços de amizade, tendo um bom rendimento escolar e profissional, lidando de forma saudável com conflitos, etc.

Portanto, a relação entre as habilidades sociais e autismo é um assunto muito importante para a psicologia, afinal, a função dos profissionais da área é justamente encontrar meios de auxiliar os pacientes a superarem os obstáculos causados pelo transtorno.

E, então, como posso ajudar meu paciente? 

Uma das maneiras mais eficientes de tratar o autismo é a criação de grupos de habilidades sociais. Nesse tipo de terapia em grupo, um ou mais terapeutas elaboram uma série de atividades com o intuito de treinar as habilidades sociais dos pacientes.

Cada profissional tem as suas preferências quanto ao modo de fazer o seu grupinho. Para ilustrar melhor, vou explicar como funcionam os meus.

Primeiramente, eu seleciono até no máximo 4 crianças para cada grupo, sendo que elas devem compartilhar perfis cognitivos, sociais e sensoriais semelhantes. Para supervisionar as propostas eu recomendo a atuação conjunta de dois profissionais: sempre uma psicóloga e uma terapeuta especializada em alguma área que seja relevante para as demandas do grupo, como, por exemplo, uma musicoterapeuta, uma fonoaudióloga ou uma psicomotricista.

Para basear as atividades do grupo, eu costumo utilizar as propostas de avaliação de habilidades sociais de Del Prette e Del Prette. Outras opções de manuais teórico-práticos é o Socially Savvy e o Social Skills Solutions. Cada um possui suas próprias especialidades, por isso, a sua escolha vai depender de cada caso.

Geralmente, trabalho com sessões semanais de 45 minutos, porém, também é possível realizar terapias de até 1 hora e meia. Mais que isso pode tornar o processo cansativo para as crianças e prejudicar a eficiência do tratamento. Uma forma de tornar as sessões mais agradáveis para as crianças é realizá-las ao ar livre. Por exemplo, já fizemos passeios terapêuticos e foram experiências muito recompensadoras.

Após cada sessão, eu envio um feedback simplificado para os pais, explicando as atividades aplicadas no dia e o desempenho dos seus filhos. Depois de 6 meses de sessões, eu me reúno com os pais e apresento um relatório mais detalhado sobre o progresso do tratamento. Por fim, sempre realizo a cobrança das mensalidades de forma antecipada, até o quinto dia de cada mês. 

Esse é o formato que encontrei que funciona para meu consultório e meus pacientes, sendo que temos visto muita evolução na relação entre as habilidades sociais e autismo.

Conclusão sobre habilidades sociais e autismo

Foi possível perceber que explorar as relações entre as habilidades sociais e autismo é uma ótima forma de ajudar pacientes com este transtorno, principalmente, através da realização de terapias em grupo e de dinâmicas adequadas às demandas dos pacientes.

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