Ter um bebê em casa traz grandes mudanças na dinâmica diária dos pais. E junto com a felicidade, as responsabilidades, e as noites sem sono, vem a preocupação com o desenvolvimento do pequeno e mais novo membro da família. E várias vezes, as novidades nos fazem questionar e buscar respostas, como a pergunta “Quais os sintomas de autismo em bebê?”
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E é nesta que pretendo focar e trazer alguns esclarecimentos para, claro, ajudar os papais e mamães de primeira viagem, ou não, que sentem que algo no bebê deles não condiz com as expectativas, o que se ouviu falar, o que eles viram em outras crianças, entre outras referências para a primeira infância adquiridas ao longo da vida.
Antes de eu abordar os sintomas de autismo em bebê específicos, eu gostaria de lembrar que cada criança é única e seu desenvolvimento não será igual às demais, mas que existem marcos do desenvolvimento e caso seu filho não bata um é preciso investigar.
Mas nem tudo!
Claro, isso não significa que todos os comportamentos, características e situações são benéficos para o desenvolvimento e parte da criança e não devem receber a devida atenção. O meu enfoque aqui é, justamente, compreender onde moram as linhas que dividem os dois contextos e o que é possível fazer para ajudar.
O Transtorno do Espectro Autista é uma destas condições que orientam o desenvolvimento em outro sentido. Sendo assim, para compreendermos os sintomas de autismo em bebê, precisamos entender o que significa ser autista.
O autismo é, deste modo, um transtorno que afeta consideravelmente a comunicação e o comportamento das pessoas. Em crianças menores de um ano, porém, a comunicação verbal ainda está em processo de desenvolvimento, e não irá se iniciar de forma consistente até, aproximadamente, os 12 meses de idade.
Embora sintomas de autismo em bebê possam variar amplamente, é possível identificar alguns sinais que podem sugerir a presença do TEA (Transtorno do Espectro Autista), mesmo em idade tão tenra. Apesar de o domínio da linguagem ainda não ter se estabelecido, não significa que a comunicação não exista.
Os detalhes importam!
A linguagem dos pequenos é simplesmente diferente da nossa, ela conta com elementos diferentes para que aconteça a comunicação. Um dos principais sinais é o que chamamos de ecolalia.
Repetir sons é natural, um passo importante da aquisição da fala, que é intrinsecamente ligada ao comportamento humano. Porém a ecolalia não se encaixa neste contexto, um dos sintomas de autismo em bebê é justamente a repetição de palavras, frases e sons “fora de contexto” e de forma insistente.
É comum que as crianças com autismo apresentem, portanto, comportamentos repetitivos ou estereotipados e grande dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina ou no ambiente.
10 sinais de autismo em bebês:
1. Falta de contato visual – bebês com autismo podem evitar completamente o contato visual, parecendo olhar através das pessoas em vez de olhar para elas. Principalmente durante a amamentação, um momento de aproximação no qual o bebê e a mãe se tornam íntimos, e os detalhes do rosto da mãe são objeto de curiosidade da criança. Diversos bebês autistas costumam evitar o rosto e observar o ambiente.
2. Falta de resposta a estímulos sonoros – bebês com autismo podem não responder a sons que normalmente chamariam a atenção de um bebê, como uma voz alta ou um brinquedo que faz barulho. Assim como não identificar o próprio nome e não interagir quando é chamado.
3. Não usar o “sorriso social” – bebês com autismo podem não sorrir em resposta a um sorriso ou contato visual de outra pessoa e se esconder ou evitar a tentativa de interação.
4. Atraso na fala – crianças com autismo podem apresentar certo atraso no desenvolvimento da fala ou podem não desenvolver a fala. Apresentando respostas na mesma entonação, com apenas uma palavra, um único som ou repetindo falas de personagens de desenhos, por exemplo.
5. Falta de gestos comunicativos – Eles podem, inclusive, não apontar para objetos ou não usar gestos para se comunicar. Este é um traço não apenas de sintomas de autismo em bebê, mas de várias pessoas que convivem com o transtorno ao longo da vida.
6. Hiper ou hipo responsividade sensorial – bebês com TEA podem ser hiper ou hipo responsivos a estímulos sensoriais, como a luz, sons, toque e texturas. Como, por exemplo, tentar tirar peças de roupas específicas, não pegar em objetos úmidos ou molhados, não querer brincar na areia, entre outros.
7. Comportamentos repetitivos – bebês autistas podem exibir comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos, ou se fixar em objetos que fazem o mesmo movimento repetidamente.
8. Mudanças no humor – pequenos com autismo podem ter grande dificuldade em regular suas emoções e alternar rapidamente entre o choro e o riso.
9. Dificuldade em brincar com outras pessoas – bebês com autismo podem ter dificuldade em participar de brincadeiras que envolvam outras pessoas, preferindo brincar sozinhos, sem interrupção.
10. Dificuldade em imitar – A “imitação” é uma habilidade essencial para desenvolver expressões faciais, expressar sentimentos, e se comunicar, e crianças com TEA, majoritariamente, resistem à imitação dos movimentos ou comportamentos de outras pessoas. O que mais tarde leva à dificuldade em interpretar as mesmas expressões.
Qual a melhor terapia?
É de extrema importância lembrarmos que o TEA não é uma doença e, consequentemente, não possui cura. O que a psicologia oferece são opções para agir sobre os sintomas de autismo em bebê. Não a busca pela anulação por via medicamentosa, ou tratamentos de qualquer natureza.
A ABA e as terapias comportamentais são as abordagens mais utilizadas devido a seu amplo respaldo científico e comprovação de resultados positivos através de estudos revisados pela comunidade científica. Porém, cada criança é um universo único e deve ser atendida em suas necessidades e demandas particulares.
Além de auxiliar com os sintomas de autismo em bebê, as intervenções terapêuticas podem incluir orientações para pais e cuidadores para ajudá-los a entender quais as necessidades do bebê e como apoiá-lo em seu desenvolvimento.
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