Nível de autismo: conheça quais são e como é classificado!

Nível de autismo: conheça quais são e como é classificado!
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que se manifesta de maneiras diversas, com uma variedade de sintomas e intensidades. Sendo o nível de autismo associado, majoritariamente, ao nível de apoio que precisa ser disponibilizado para a pessoa que recebeu o diagnóstico. 

E com apoio, nós estamos nos referindo a meios para melhor compreender e abordar as necessidades das pessoas com autismo. A classificação em níveis foi desenvolvida para  auxiliar a caracterizar a extensão e a intensidade dos desafios que uma pessoa com autismo pode enfrentar. 


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Vamos, então, explorar esses níveis e como eles contribuem para uma compreensão mais holística do autismo.

Nível 1: autismo leve

No nível de autismo 1, frequentemente denominado como autismo leve ou que requer menor apoio, os indivíduos podem enfrentar desafios na comunicação social e interação, mas esses desafios podem ser sutis e não um fator de impedimento. 

Pode haver dificuldades em iniciar e manter conversas longas, compreender nuances sociais e expressar empatia de maneira típica (o que não significa que não haja empatia). No entanto, muitas pessoas no Nível 1 conseguem funcionar de maneira relativamente independente, especialmente com o apoio adequado. 

Intervenções comportamentais, terapias sociais e educacionais podem ser benéficas para fortalecer habilidades sociais e ajudar a enfrentar desafios específicos dentro deste contexto.

Nível 2: autismo moderado

No nível de autismo 2, os desafios sociais e comportamentais se tornam mais evidentes e impactantes. Pessoas neste nível podem demonstrar dificuldades significativas na comunicação verbal e não verbal, bem como padrões de comportamento repetitivos que interferem na funcionalidade diária. 

O apoio substancial é muitas vezes necessário para ajudar os indivíduos a lidar com as demandas sociais e comportamentais. Intervenções intensivas, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), podem ser implementadas para promover habilidades sociais e comportamentos adaptativos.

Nível 3: autismo grave 

O nível de autismo 3 é caracterizado por desafios significativos em todas as áreas do TEA. Indivíduos neste nível podem apresentar atrasos acentuados na linguagem, padrões restritos e repetitivos de comportamento, além de dificuldades significativas na comunicação social. 

Porém substancial apoio é necessário para enfrentar esses desafios, muitas vezes envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, educadores e terapeutas. Intervenções intensivas e personalizadas são fundamentais para promover habilidades essenciais de comunicação, interação social e autonomia.

É crucial entender que a classificação e o delinear de um nível de autismo não é uma hierarquia de valor; ao contrário, reflete a diversidade do espectro autista. Cada pessoa é única, independentemente do nível, e possui suas próprias habilidades, desafios e potenciais. 

A intensidade das necessidades pode variar ao longo do tempo, e as intervenções personalizadas podem ter um impacto significativo. Entender os níveis de autismo é essencial para direcionar os recursos disponíveis e o suporte adequado de maneira eficaz. 

Profissionais de saúde, educadores, familiares e a sociedade em geral podem desempenhar papéis fundamentais na criação de ambientes inclusivos e na oferta de apoio personalizado para atender às necessidades específicas de cada indivíduo no espectro autista.

Nível de autismo: conheça quais são e como é classificado!

Individualidade no espectro

A classificação em níveis do espectro autista é uma ferramenta valiosa para entender e abordar as complexidades dessa condição, mas é essencial lembrar que ela não implica uma hierarquia de valor entre os indivíduos. Cada pessoa no espectro autista é única, com suas próprias características, habilidades e desafios específicos. A diversidade é uma marca intrínseca do autismo, e essa variedade deve ser reconhecida.

Ao reconhecer a singularidade de cada pessoa, independente do nível de autismo em que se encontre, podemos garantir uma abordagem mais respeitosa e inclusiva. O valor de uma pessoa não pode ser simplificado ou reduzido a uma classificação. A complexidade de “cada autismo” transcende categorias e merece ser compreendida em toda a sua riqueza.

É crucial, ainda, entender que as necessidades de uma pessoa no espectro autista podem variar ao longo do tempo. O desenvolvimento, a aprendizagem e a adaptação são processos dinâmicos que independem do nível de autismo, e as intervenções personalizadas desempenham um papel vital em moldar o curso desses processos. 

O que é desafiador hoje pode não ser necessariamente o mesmo desafio amanhã, e vice-versa. E as intervenções personalizadas são parte essencial do atendimento às necessidades específicas de cada pessoa diagnosticada. O que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz ou sequer útil para outra. Portanto, uma abordagem flexível e adaptativa é fundamental para proporcionar suporte eficaz.

Ao compreendermos que a classificação em níveis é uma ferramenta descritiva, não prescritiva, podemos promover uma mentalidade que celebra a diversidade no espectro autista. Essa diversidade não apenas enriquece as vidas das pessoas no espectro, mas também contribui para a sociedade como um todo, desafiando preconceitos e expandindo nossa compreensão do que significa ser humano.

Portanto, a mensagem central é que, embora o  nível de autismo ofereça um guia útil para compreender as características e necessidades, eles não devem ser interpretados como uma medida de valor pessoal. Cada pessoa merece respeito, dignidade e apoio, independentemente do ponto em que se encontra no espectro autista.

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O impacto do suporte

Os profissionais de saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, têm a responsabilidade de fornecer avaliações precisas, diagnosticar possíveis condições coexistentes e implementar estratégias terapêuticas adequadas. Esses profissionais desempenham um papel vital na promoção de intervenções que visam melhorar habilidades sociais, comunicativas e comportamentais, contribuindo assim para o desenvolvimento global das pessoas no espectro.

E a família desempenha um papel central como fonte de apoio emocional e prático. Ao buscar entender as características únicas do seu filho no espectro autista, os pais podem colaborar efetivamente com os profissionais de saúde e educadores para criar um ambiente que incentive o desenvolvimento e a autonomia. O apoio familiar contínuo é crucial à medida que enfrentam desafios e celebram conquistas ao longo do caminho.


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A conscientização sobre o espectro autista e a promoção da aceitação são fundamentais para reduzir o estigma e garantir oportunidades equitativas para as pessoas no espectro. Iniciativas educacionais em nível comunitário podem desempenhar um papel significativo na construção de empatia e compreensão.

Em suma, a colaboração entre profissionais de saúde, educadores, familiares e a sociedade é essencial para proporcionar suporte holístico às pessoas no espectro autista. Essa abordagem integrada não apenas reconhece a diversidade de necessidades, mas também cria um ambiente no qual cada indivíduo é capacitado a alcançar seu pleno potencial, contribuindo de maneira significativa para a sociedade.

Nas minhas redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok e YouTube) eu sempre compartilho dicas e o que há de mais atual na psicologia infantil! Já no meu blog para pais, eu busco aprofundar um pouquinho mais os tópicos, oferecendo novas perspectivas! 

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