Autismo como lidar? 5 dicas.

Autismo como lidar? 5 dicas.
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O Transtorno do Espectro Autista afeta milhões de crianças e adultos em todo o mundo, e está longe de responder de forma simples à questão “autismo como lidar?”. Justamente por não haver “receita pronta” para nenhuma pessoa, mesmo as que não convivem com transtorno algum. 

Porém, embora cada indivíduo com autismo seja único, há desafios e características comuns associados a essa condição, vivenciados não somente pela pessoa diagnosticada, mas também por seus familiares, colegas, amigos, e assim por diante.  

Para pais, familiares e cuidadores de pessoas com autismo, que possuem uma convivência diária, entender e aprender a lidar com o transtorno a partir de uma visão abrangente é essencial para oferecer apoio e melhorar a qualidade de vida da pessoa autista e também dela própria. 

Eu preparei, então, 5 dicas para lidar com o autismo em qualquer situação, nível ou faixa etária e criar um ambiente acolhedor e inclusivo como o que nós queremos oferecer a cada pessoa que convive com a própria neurodivergência.

1. Eduque-se sobre o autismo

O primeiro passo para compreender autismo como lidar é buscar conhecimento. E não dá “atalhos” ou caminhos simples. O autismo é uma condição complexa, e compreender suas características, desafios e necessidades é fundamental e trabalhoso. Mas muito, muito recompensador!  

Existem diversos recursos disponíveis, incluindo livros, artigos, websites confiáveis e organizações especializadas em autismo. Ao educar-se sobre o autismo, você estará melhor preparado para compreender o comportamento da pessoa autista e fornecer o apoio necessário.

Para além das teorias, grande parte do dia a dia de descobrir sobre autismo como lidar é conversar com profissionais de saúde, terapeutas e especialistas em autismo de forma honesta, aberta, sem vergonha ou medo de tirar dúvidas. Eles podem oferecer informações valiosas, orientações específicas e estratégias de intervenção de caráter preventivo para algumas situações. 

Não hesite em fazer perguntas e buscar esclarecimentos sempre que necessário!

2. Fomente a comunicação

A comunicação pode ser um desafio na caminhada autismo como lidar, especialmente para os que têm dificuldades na fala ou são não verbais. No entanto, é crucial estabelecer formas eficazes de comunicação. 

Como? 

Comunique-se de forma clara, escolhendo palavras simples e diretas ao falar com a pessoa autista. Evite metáforas, ironias ou linguagem ambíguas.

Diversas pessoas com autismo respondem bem a apoios visuais, como quadros de comunicação, imagens ou cartões com palavras-chave, infográficas e imagens. Esses recursos podem ajudar a expressar necessidades, desejos e sentimentos.

Esteja atento às pistas não verbais, observe com cuidado os padrões da linguagem corporal, expressões faciais e gestos da pessoa que recebeu o diagnóstico. Esses sinais podem fornecer informações importantes sobre seus sentimentos e necessidades quando não há comunicação verbal.

Promova a comunicação alternativa se houverem dificuldades significativas na fala, explore outras formas de comunicação, como dispositivos de comunicação assistida (AAC) ou aplicativos.

Autismo como lidar? 5 dicas.

3. Estabeleça rotinas e consistência

Muitas pessoas com autismo se sentem mais confortáveis e seguras quando têm rotinas previsíveis. A consistência no ambiente e nas atividades ocupa um lugar especial na questão do autismo como lidar e pode reduzir a ansiedade e o estresse. 

E existem algumas maneiras de estabelecer rotinas eficazes:

Criar um cronograma visual, como um calendário ou um quadro de horários para mostrar a sequência das atividades diárias. Isso ajuda a pessoa autista a saber o que esperar a seguir e quando.

Evitar mudanças repentinas e quando for necessário fazer alterações, avisar com antecedência. Usar recursos visuais, como um contador regressivo, para preparar a pessoa autista para a mudança também é uma medida comum e bem recebida.

Mantenha a consistência de regras e expectativas em casa, na escola e em outros ambientes. Isso ajuda a pessoa autista a entender o que é esperado dela, quando e principalmente o porquê. Explicar o que será feito e as razões nunca é demais, tempo perdido ou além da capacidade do autista. 

Usar reforço positivo para comportamentos adequados, como elogios, recompensas, tempo no tablet, com a televisão, no computador, ou um sistema de reforço que funcione para a pessoa e vá de encontro aos seus interesses.

4. Ofereça suporte social

Embora muitas pessoas com autismo possam enfrentar desafios nas interações sociais, o suporte social é indispensável para o sucesso das medidas proveniente da pesquisa “autismo como lidar”. 

Incentivar a interação encorajando a pessoa autista a se envolver em atividades sociais apropriadas ao seu nível de conforto é um meio particularmente eficaz, e você pode incluir brincadeiras, grupos de interesse ou atividades em grupo menores. 

Ensinar habilidades sociais envolve trabalhar com a pessoa autista em habilidades sociais específicas, como fazer contato visual, cumprimentar e iniciar conversas. A terapia social pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar as habilidades sociais e a compreensão das interações sociais e suas nuances.

Autismo como lidar? 5 dicas.

5. Valorize as habilidades e interesses da pessoa por trás do autismo. 

Uma parte de autismo como lidar que não pode ser esquecida é a particularidade da pessoa diagnosticada com TEA. Cada pessoa com autismo tem suas próprias habilidades, talentos e interesses únicos, que não estão catalogados, explicados ou expostos. 

Valorizar e incentivar essas características irá criar oportunidades para desenvolver essas paixões em hobbies ou profissões. Se a pessoa autista mostrar talento em uma área específica, como desenhar, tocar um instrumento, escrever ou “fazer ciência”, forneça recursos e oportunidades para desenvolver essas habilidades. 

Evitar comparações é outra parte que está no coração de autismo como lidar. Comparar a pessoa autista com outras pessoas ou com padrões de desenvolvimento típicos acaba alimentando sentimentos de insegurança, vergonha, perfeccionismo, impaciência, entre outros, que podem vir a dificultar o desenvolvimento de uma autoconfiança sólida. 

E para não esquecermos, cada indivíduo é único, e o progresso deve ser avaliado em relação às suas próprias metas e capacidades. Ajudando a pessoa autista a desenvolver habilidades de vida diária e autonomia, sempre respeitando seu ritmo de aprendizado.

Autismo como lidar  pode ser desafiador, mas também recompensador. À medida que você busca entender, apoiar e valorizar a pessoa autista em sua vida, você contribui para seu crescimento e bem-estar. 

Lembre-se de ter paciência, e que cada pessoa com autismo é única, e o que funciona em uma situação pode não funcionar em outra. Esteja aberto a ajustar suas estratégias e a aprender continuamente com a pessoa autista, pois isso pode fortalecer os laços e promover uma vida mais satisfatória para todos os envolvidos. 

Lembre-se, também, de que você não está sozinho nesta jornada. Existem muitos recursos e profissionais dedicados a oferecer suporte às famílias e às pessoas com autismo, eu selecionei alguns deles e organizei uma lista para que você possa entrar em contato facilmente. 

Ao buscar ajuda e compartilhar experiências com outros cuidadores, você pode encontrar apoio valioso ao longo do caminho. Por isso eu compartilho as mais diversas experiências nas minhas redes sociais (YouTube, Instagram, Facebook e TikTok).

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