Autismo é genético? Descubra o que a medicina já sabe!

Autismo é genético? Descubra o que a medicina já sabe!
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento social e a interação daqueles que o vivenciam. Por décadas, houve um intenso debate e pesquisa em diferentes áreas da medicina para descobrir se o autismo é genético

Enquanto os cientistas concordam que a genética desempenha um papel fundamental no autismo, a questão é muito mais complexa do que uma simples resposta de “sim ou não”. 

E eu resolvi trazer para vocês o que a ciência já descobriu sobre a genética do autismo, como essa relação funciona e como isso afeta o entendimento do transtorno.


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O que é o autismo para a ciência?

Antes de mergulharmos na questão “autismo é genético?” e nas nuances da relação entre o autismo e a genética, é fundamental compreender o que é o autismo do qual estamos falando. O Transtorno do Espectro Autista (TEA), geralmente referido como autismo, é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por diferenças significativas na comunicação, no comportamento social e nos padrões neurais de um indivíduo. 

Crianças com autismo podem apresentar (apenas a título de exemplo) dificuldades em estabelecer contato visual, compreender as emoções dos outros e ao expressar suas próprias emoções. Essas diferenças individuais podem variar desde formas leves até mais severas, daí a designação “espectro”, um conceito extremamente importante na determinação de que o autismo é genético.

A genética do autismo

A pesquisa científica tem destacado consistentemente a influência da genética no autismo. No entanto, a genética do autismo é notoriamente complexa. Não existe um único “gene do autismo”, como pode ocorrer em algumas condições genéticas raras. Em vez disso, o autismo é considerado um distúrbio multifatorial, o que significa que vários fatores genéticos interagem com fatores ambientais para contribuir para o desenvolvimento do transtorno.

Porém, alegar que não há um gene específico que causa o autismo não significa negar que o autismo é genético

Contribuições genéticas

Estudos genéticos em gêmeos idênticos, que compartilham 100% de seus genes, têm sido fundamentais para entender a base genética do autismo. Quando um gêmeo idêntico tem autismo, o risco do outro gêmeo também desenvolver o transtorno é significativamente maior do que na população em geral. Isso sugere uma forte influência genética.

O que também não pode ser interpretado como uma afirmação concreta e inquestionável de que o autismo é genético

Os pesquisadores identificaram uma série de genes associados ao autismo, embora nenhum seja a causa única do transtorno. Algumas dessas variações genéticas são raras e altamente penetrantes, o que significa que, quando presentes, quase sempre levam ao autismo. Outras variações genéticas são mais comuns e têm efeitos mais sutis, contribuindo para a susceptibilidade ao autismo.

Autismo é genético? Descubra o que a medicina já sabe!

Interação genética e ambiental

A relação entre genética e autismo não se resume apenas a fatores hereditários. O ambiente também desempenha um papel crítico. Além dos fatores genéticos, fatores ambientais, como exposição a toxinas durante a gravidez, prematuridade, complicações no parto e infecções maternas, têm sido associados a um risco aumentado de autismo.

A interação entre fatores genéticos e ambientais é complexa e ainda está sendo investigada, tendo grande influência sobre as alegações de que o autismo é genético. Alguns pesquisadores acreditam que determinadas predisposições genéticas podem tornar um indivíduo mais sensível a fatores ambientais específicos. Em outras palavras, a genética pode influenciar como um indivíduo responde ao ambiente em que vive.

O papel da hereditariedade

Entender o papel da hereditariedade é essencial quando se discute se o autismo é genético, ou não. A hereditariedade refere-se à transmissão de características genéticas de uma geração para outra através dos genes. No caso do autismo, estudos de famílias e de irmãos sugerem uma predisposição genética.

Histórico familiar

Ter um histórico familiar de autismo é um dos fatores de risco conhecidos para o transtorno. Se um irmão tem autismo, o risco de outro irmão também ser diagnosticado com autismo é maior do que na população em geral. No entanto, é importante observar que muitas crianças com autismo não têm histórico familiar conhecido da condição. 

O que não anula o fato de haverem indivíduos não diagnosticados que compõem a ascendência genética da criança. 

Contribuição genética

Os estudos de famílias também revelaram que vários membros de uma mesma família podem compartilhar traços autistas, mesmo que não tenham um diagnóstico formal de autismo. O que sugere que traços autistas podem ser herdados e expressos de forma mais ou menos acentuada em diferentes membros da família.

Diagnóstico:

À medida que a pesquisa genética avança, os diagnósticos genéticos têm se tornado mais frequentes no contexto do autismo. Os testes genéticos podem identificar variações genéticas específicas associadas ao autismo. Isso é particularmente relevante quando há histórico familiar de autismo ou quando o autismo é acompanhado por características médicas ou genéticas específicas.

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Síndromes genéticas associadas ao autismo

Além do autismo “idiopático” (quando a causa não é conhecida), existem várias síndromes genéticas conhecidas que estão associadas ao autismo. Um exemplo é a Síndrome do X Frágil, uma condição genética que pode causar atrasos no desenvolvimento e sintomas autistas em alguns indivíduos. A identificação de uma síndrome genética específica pode fornecer informações valiosas para profissionais que oferecem intervenções, terapias e demais opções para pessoas com autismo.

O futuro da pesquisa

A pesquisa iniciada a partir da questão “autismo é genético?” está em constante evolução, e os avanços tecnológicos têm desempenhado um papel fundamental nessa área. À medida que os cientistas compreendem melhor as variações genéticas associadas ao autismo, eles podem desenvolver opções mais personalizadas e intervenções específicas para indivíduos com autismo.

É importante ressaltar que, mesmo com os avanços na pesquisa genética, o autismo é altamente complexo e heterogêneo. O transtorno é influenciado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, e o quadro clínico varia de pessoa para pessoa. Portanto, a genética é apenas uma peça do quebra-cabeça do autismo.


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O autismo é um transtorno complexo com uma base genética significativa, mas não exclusiva. A pesquisa científica demonstrou que vários genes estão associados ao autismo, e a hereditariedade desempenha um papel importante. No entanto, a genética é apenas uma parte da história, com fatores ambientais também contribuindo para o risco do transtorno.

A compreensão da genética do autismo é fundamental para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes. À medida que a pesquisa avança, é possível que novas descobertas levam a intervenções mais direcionadas e efetivas para indivíduos com autismo.

Eu destinei as minhas redes sociais ( Instagram, Facebook, YouTube e TikTok) ao compartilhamento das mais relevantes descobertas relacionadas à psicologia infantil! Se você atende, ensina ou cuida de uma criança com autismo, há diversas postagens que podem te auxiliar no meu blog, não deixe de conferir!  

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