O autismo é um espectro de condições neurológicas que afeta o desenvolvimento da criança nas mais diversas áreas. Dentro desse espectro, existem diferentes graus e manifestações da condição, entre os quais estão os sinais de autismo leve e suas diferentes manifestações;
O autismo leve, muitas vezes referido como Transtorno do Espectro Autista (TEA) de alto funcionamento, é uma das variações do espectro e é caracterizado por sintomas menos intensos em comparação com formas mais severas da condição.
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Vamos explorar, juntos, sete sinais de autismo leve em crianças, para ajudar você, pai ou profissional, a entender e reconhecer melhor a condição.
1. Dificuldades na comunicação social
Crianças com sinais de autismo leve geralmente têm dificuldades em entender e responder adequadamente a o que chamamos de convenções sociais. Elas podem ter dificuldade em manter contato visual, interpretar expressões faciais, significados implícitos e ao interpretar gestos não verbais.
Os pequenos que recebem o diagnóstico de autismo, podem, ainda, parecer desinteressados em interações sociais e ter dificuldades em iniciar ou manter conversas. Diversas crianças com autismo preferem falar sobre tópicos específicos, sobre os quais possuem profundo domínio, de maneira obsessiva, ignorando os sinais sociais de desinteresse dos demais.
2. Interesses e comportamentos restritivos
Um dos sinais de autismo leve mais comuns é o foco intenso e restrito em interesses específicos (geralmente, os mesmos que eles buscam compartilhar com as pessoas). As crianças com autismo podem se tornar especialistas em um tema pontual, como trens, música, uma marca de tênis ou até mesmo um programa de televisão, por exemplo.
Elas podem passar horas pesquisando, discutindo ou brincando com objetos relacionados ao seu interesse particular, muitas vezes à custa de outras atividades. Essa fixação pode fazer com que pareçam socialmente isoladas em relação às outras crianças.
3. Comportamentos repetitivos
Comportamentos repetitivos são comuns em crianças com sinais de autismo leve. Isso pode incluir movimentos estereotipados, como balançar as mãos, agitar objetos ou alinhar brinquedos de uma maneira específica.
Elas podem, também, aderir rigidamente a rotinas e ficar angustiadas quando estas rotinas são perturbadas. Essa inflexibilidade pode ser um dos desafios mais evidentes para os pais.
Por exemplo, a Maria, que tem sido observada por seus pais, têm o hábito de balançar as mãos vigorosamente sempre que fica animada com algo. Quando seus pais a levam a um parque de diversões, ela fica tão empolgada que começa a balançar as mãos para frente e para trás repetidamente acima da cabeça.
Ela faz isso de forma rítmica e não consegue parar, mesmo quando os pais tentam distraí-la falando curiosidades sobre os brinquedos e atividades disponíveis.
4. Dificuldades na compreensão de diferentes formas de comunicação
Crianças com sinais de autismo leve podem ter dificuldade em entender o uso da linguagem figurativa, como a ironia, as metáforas e o sarcasmo. Isso pode tornar a comunicação social mais complexa, uma vez que eles podem levar as palavras de maneira literal.
Por exemplo, uma criança com autismo leve pode não entender que alguém que diz “o coração da vovó é muito grande” não está falando literalmente sobre o tamanho do órgão e fica preocupado. Isso pode levar a mal-entendidos nas interações sociais, até mesmo dentro da família.
5. Intolerância a mudanças repentinas
As crianças com autismo leve muitas vezes preferem consistência e podem ter dificuldade em lidar com mudanças repentinas. Qualquer desvio da rotina diária normal pode causar grande ansiedade e desconforto.
Essa rigidez na rotina pode ser estressante para a criança e sua família, especialmente em situações em que a flexibilidade é necessária, como em férias, eventos especiais ou emergências.
6. Interação social limitada
Embora as crianças com sinais de autismo leve possam desejar interações sociais, elas podem não compreender completamente as complexidades dessas interações. Elas podem ter dificuldade em fazer amigos e se envolver em brincadeiras compartilhadas.
O que pode, infelizmente, resultar em isolamento social e frustração em relação à amizades, especialmente à medida que envelhecem e as expectativas sociais se tornam cada vez mais complexas.
7. Sensibilidade sensorial
Sensibilidade sensorial é outra característica comum do autismo leve. As crianças podem ser hiper ou hipossensíveis a estímulos sensoriais, como a luz, o som, as texturas e cheiros. Elas podem reagir com intensidade incomum a esses estímulos, o que pode levar a comportamentos de evitação ou busca sensorial.
Por exemplo: Enquanto a maioria das crianças parece não se incomodar com o barulho da sala de aula ao fazer as atividades, o Pedro começa a se sentir desconfortável quando um dos colegas começa a bater palmas animadamente ao terminar a atividade.
Ele imediatamente coloca as mãos sobre os ouvidos e fecha os olhos com força, tentando abafar o som. Enquanto o som das palmas não é alto o suficiente para perturbar as outras crianças, para o Pedro é avassalador.
Esse comportamento de cobrir os ouvidos em resposta a estímulos sensoriais que não afetam a maioria das pessoas é um sinal de hipersensibilidade sensorial comum em crianças com autismo leve.
Embora o som das palmas não seja inerentemente perturbador, para Pedro o processamento sensorial é diferente, e ele sente a necessidade de se proteger dos estímulos sensoriais que o afetam de maneira mais intensa. Essa é outra manifestação dos sinais de autismo leve que os pais e cuidadores podem notar.
O que os pais devem fazer?
Se você suspeita que seu filho pode ter autismo leve, é fundamental procurar avaliação e diagnóstico por um profissional qualificado, como um psicólogo ou um psiquiatra infantil. Um diagnóstico precoce pode abrir portas para intervenções e terapias eficazes que irão ajudar a criança a desenvolver habilidades sociais e comportamentais benéficas.
Buscar apoio e recursos é essencial, e existem várias organizações e grupos de apoio para as famílias de crianças com autismo, nos quais você pode encontrar orientação e compartilhar experiências com outros pais.
A terapia comportamental, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), é frequentemente recomendada para crianças com autismo leve. Essa terapia se concentra em melhorar o comportamento social e comunicativo da criança por meio de reforço positivo e ensino de habilidades sociais.
Também é importante lembrar que cada criança é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, a intervenção deve ser adaptada às necessidades individuais da criança, não ao transtorno.
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O autismo leve, ou TEA de alto funcionamento, apresenta desafios específicos para crianças e suas famílias. Reconhecer os sinais precocemente é fundamental para garantir que a criança receba o suporte necessário para desenvolver suas habilidades de forma plena e saudável.
Com o apoio adequado, muitas crianças com sinais de autismo leve podem aprender a navegar melhor nas complexidades das interações sociais e levar uma vida satisfatória e segura.
Buscar avaliação e suporte profissional é o primeiro passo para ajudar uma criança com autismo leve a alcançar seu pleno potencial, por isso eu criei uma lista de profissionais qualificados para realizar o atendimento.
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