Ter um filho é uma responsabilidade que vai muito além das condições em que a criança é criada. Afinal, uma das principais funções dos pais é preparar o filho para todas as adversidades da nossa sociedade. Até por isso, apesar de grande parte dos pais acreditarem que bater e gritar com o filho ajuda na criação, a grande verdade é que essa forma que algumas pessoas consideram “educar”, pode acarretar em outros problemas para a criança.
Por exemplo, com a pandemia de Covid-19, que assolou o mundo entre 2020 e 2022, muitas famílias passaram a conviver 100% do tempo juntas, dessa maneira, aumentaram não só os casos de violência contra mulher, como os casos de violência doméstica contra filhos, seja física ou psicológica. Além disso, o número de casos de ansiedade e depressão aumentou em 25%.
Dito isso, o uso da violência em qualquer relação não pode ser aceitável. Todavia, segundo a pesquisa “Primeira Infância para Adultos Saudáveis”, realizada com 7038 cuidadores de crianças de 0 a 5 anos de 16 diferentes municípios cearenses, 84% dos pais acreditam que seja necessário bater ou gritar com o filho durante a criação. Isto é, por mais que este não seja um número que diz exatamente o pensamento de todos os pais do Brasil, pode-se ter um panorama de como a situação é complicada.
O que acontece com o cérebro de uma criança quando você grita com ela
Quando somos chefes de família, muitas vezes achamos que nossas preocupações não atrapalham na forma como levamos a vida. Após longos dias de trabalho e de exaustão, muitas vezes você pode nem perceber que teve alguma atitude além do tom com seus filhos, e elevar o tom de voz e gritar com o filho é algo que pode acarretar problemas muito maiores do que um simples choro no momento.
Variando o nível de emoção presente entre cada relação de pai/mãe e filho(a), esse tipo de comportamento pode gerar sérios problemas neurológicos no desenvolvimento da criança. Um exemplo mais concreto é visto em casos de criações na qual os gritos são parte da rotina, a liberação excessiva e permanente de cortisol afeta a formação do cérebro da criança, ou seja, interfere nas emoções e na memória.
De acordo com um estudo da Universidade de Michigan juntamente com a de Pittsburgh, na qual foram ouvidas quase mil famílias, gritar com o filho (seja apenas pelo tom de voz ou insultando-o) acarreta em outros problemas, como dificuldades no aprendizado, depressão, brigas no ambiente escolar e até pequenos roubos, ou seja, evite ao máximo gritar com as crianças.
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Motivos para não gritar com o filho e suas consequências
Além de todos os malefícios no cérebro que se evita por não gritar com o filho, também é importante analisar outros motivos para não exercer essa prática. Por exemplo, o constante hábito de gritar contribui para a deterioração da autoestima da criança. Isso significa que ela tende a desenvolver menos habilidades sociais, muito por se sentir desvalorizada pela sociedade e isso inclui os próprios pais.
Vale lembrar que os pais são o maior espelho dos filhos, e se gritar com o filho ou com qualquer outra pessoa for algo recorrente, a probabilidade deles acharem isso uma prática normal aumenta, visto que será algo do cotidiano, e isso normalmente faz com que ele se relacione com parceiros que gritam e as vezes é abusivo. Também é importante frisar que esse tipo de comportamento pode se voltar até contra os próprios pais, ou seja, não traz nada de benéfico para a criança.
Dicas de como evitar gritar com o filho
Muitas vezes, as práticas de criação são herdadas da forma como os pais foram criados, entretanto, é necessário que se tenha uma diferenciação em relação às gerações atuais. Afinal, para que a criança tenha um bom comportamento, não é necessário humilhá-la, gritar, dar palmadas e xingá-la.
Dessa maneira, uma das dicas para evitar gritar com o filho é tentar validar seus sentimentos sem validar seu comportamento. Isto é, ao invés de gritar, tente entender o porque ele está sendo desobediente ou tendo uma determinada conduta que te levaria a gritar. Além disso, é necessário tentar falar o mais firme possível, sem exagerar no tom e no palavreado.
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Também é importante ressaltarmos que gritar com o filho pode enfraquecer o vínculo paterno, visto que, além de maior confiança, a disciplina tende a acompanhar o nível de relação entre pai/mãe e filho(a). Por fim, uma dica bastante importante é a de colocar-se no lugar deles. Para falar a verdade, todos nós já fomos crianças e estivemos em ambientes que nos sentimos envergonhados, é algo normal. Por isso, evitar gritar com o filho em lugares como escola, por exemplo, é ainda de maior importância. Ademais, entenda que você não é e nem deve ser o pai perfeito, mas precisa ter consciência da importância que algumas ações podem ter: como gritar com o filho.
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