Para você que é mãe ou pai, é bem provável que você já tenha ficado irritada ou preocupada com algum comportamento do seu filho(a). Na infância, é bastante comum relatos de comportamentos como gritos, beliscões, choro alto e até outros tipos de agressão. Mas, calma! É possível tentar identificar a diferença entre birra e crise.
Segundo dados coletados através de uma pesquisa realizada com pais pela Revista Crescer, a maior parte das crianças começam a fazer birra entre 2 e 4 anos. Quer dizer, juntamente com o período em que começam a interagir com mais crianças, se desenvolver e começar a entender melhor o mundo.
Dessa maneira, o processo de educação influencia muito no aparecimento de possíveis birras. Afinal, esse é um dos momentos em que cada criança aprende a respeitar regras e lidar com proibições. Quer dizer, faz parte da construção da criança como ser humano a necessidade de assimilar os limites.
No entanto, aí está uma das principais discussões acerca da diferença entre birra e crise, visto que a birra, resumidamente, é a criança entendendo seus limites e lidando com a frustração de não conseguir determinado objetivo. Já a crise, no TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) por exemplo, pode ser uma questão de overload sensorial. Assim como no TOD pode ser uma desregulação emocional, ou seja, não é somente uma birra ou frustração, já é uma criança que precisa de ajuda para se acalmar e entender o que pode fazer naquele momento.
Se você quiser ler um pouco mais sobre a diferença entre birra e crise, acompanhe um pouco mais detalhadamente no texto abaixo:
O que é birra e porque eles fazem?
Como já começamos a discutir acima, a birra é um comportamento bem comum em crianças de 2 a 4 anos. Em linhas gerais, pode-se dizer que é uma estratégia para se tentar conseguir algo que foi negado à ela, ou seja, uma tentativa de fazer a situação se reverter a seu favor.
Para isso, as crianças utilizam de artifícios considerados apelativos muitas vezes, como chorar na frente de muitas pessoas, por exemplo. No entanto, é um comportamento que também pode ser controlado. Aliás, essa talvez seja uma grande diferença entre birra e crise.
Pense: a forma como os cuidadores (pais, avós, professores e etc) reagem à birra é uma das grandes respostas para saber se aquele comportamento irá se repetir. Isso porque, diferentemente do que veremos em relação à crise mais à frente, os comportamentos de birra podem diminuir facilmente utilizando a estratégia comportamental correta frente à ele, que pode ser ignorar o comportamento, redirecionar o foco, realizar um reforço positivo a outro comportamento incompatível com o inadequado, entre outras estratégias…
Não é simplesmente ignorando a criança que a situação vai se resolver, até porque você não quer que isso venha a se tornar uma crise. Isto é, sempre procure conversar com seu filho(a) sobre todos os comportamentos e explicar para ele o porquê aquilo não é legal, validando sempre a emoção que envolveu a situação.
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Porém é preciso ter calma, já que cerca de 20% das crianças dessa faixa etária costumam apresentar pelo menos uma vez por dia, o que às vezes faz que os pais tomem atitudes negativas como gritar com o filho.
O que é crise e como identificar ela?
Agora, também é sempre importante avaliarmos situação por situação. Afinal, apesar das birras serem comuns, os pais sempre precisam estar atentos para notar se não é nenhum transtorno de neurodesenvolvimento. Isto é, assim como nas crianças que possuem o TEA, TOD ou TDAH, as crises são reflexos de emoções desreguladas. Elas acabam agindo de maneira impulsiva e não planejada.
De forma mais didática, a crise é um tipo de colapso na capacidade que a pessoa tem de administrar as próprias emoções, sentimentos e até mesmo ações. Até por isso, é bem comum existir a dúvida entre a diferença entre birra e crise, visto que alguns comportamentos podem se exteriorizar da mesma maneira.
Assim, pode-se dizer que, da mesma forma como é definida pelo google (estado de súbito desequilíbrio ou desajuste nervoso, emocional), a crise é uma manifestação de algum sentimento por uma situação de tensão, de conflito. Vale destacar que elas também podem provocar reações no corpo, como frequência cardíaca acelerada, pressão arterial aumentada e frequência respiratória acelerada. Quer dizer, os pais precisam sempre estar atentos antes de pensar que é somente birra e “é só ignorar que passa”.
Mas qual é a diferença entre birra e crise?
Enfim, para dar uma amarrada maior no assunto, vamos retomar um pouco sobre a diferença entre birra e crise. Bom, para começar, a birra é uma manifestação de comportamentos mais controlável. Isto é, torna-se claro quando é birra a partir do momento em que o comportamento cessa ao atingir tal objetivo. Na crise, as manifestações acontecem por conta de distúrbios do processamento sensorial ou desregulação do sistema emocional, falta de repertórios e estratégias para lidar com situações.
Algumas das principais causas das birras em crianças:
→ Temperamento;
→ Fome, cansaço e superestimulação (o cérebro libera adrenalina e cortisol, fazendo com que a criança fique tensa);
→ Frustração e perda de controle;
→ Grandes emoções (raiva, vergonha, nojo, ansiedade e preocupação).
Além disso, outra diferença entre birra e crise é que a birra costuma ter um direcionamento, ou seja, alguém que “precisa notar” o choro, o grito e etc. Na maior parte das vezes, o objetivo é chamar atenção de adultos. Já as crises podem ocorrer quando a pessoa está sozinha. Ademais, a birra é algo muito marcado nessa idade entre os 2 e os 5 anos de idade. Já a crise, se não for controlada, pode persistir até a vida adulta.
Por fim, se você é mãe e tem percebido seu filho “fazendo birra” com muita frequência e não tem conseguido identificar o motivo, é sempre importante não cometer três erros básicos dos pais nessas situações: se desesperar, ignorar e brigar. Se ainda assim os comportamentos permanecerem, procure a ajuda de algum profissional,
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