Ter a capacidade cognitiva acima da média é uma característica relativamente escassa, que representa apenas uma pequena parcela da população, e não indica a presença de genialidade, ao contrário do senso comum. Devido a este número restrito de pacientes, as questões associadas a altas habilidades como trabalhar vêm em grande número.
Os pacientes com altas habilidades, embora sejam recebidos socialmente como portadores de vantagens em relação aos demais, podem enfrentar desafios significativos ao se adaptar ao ambiente escolar e social, e necessitam, sim, de apoio multidisciplinar, emocional e psicológico, que são pouco populares nos grandes meios de informação. Por esta razão, eu decidi abordar o que são altas habilidades, como identificá-las, os desafios consequentes e algumas estratégias eficazes para trabalhar com esses pacientes.
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O que é superdotação?
A superdotação, um termo popular que irei usar por aqui, pode ser compreendida como uma capacidade cognitiva que se desenvolve acima da média etária e desenvolvimental, e pode se manifestar nas mais diversas áreas como criatividade, habilidades lógicas, liderança ou talento artístico, por exemplo. Ela pode ser identificada através de testes de QI, observação comportamental ou dos relatos dos pais e professores.
No entanto, é importante lembrar, ao se familiarizar com altas habilidades como trabalhar, que a superdotação é um traço neurológico complexo e multidimensional, e que sua identificação precisa levar em consideração o ambiente no qual a criança se encontra inserida.
Gênio da lâmpada não existe!
Quando se olha para altas habilidades como trabalhar, é comum vermos pais, colegas e professores que associam essas crianças à imagem de super heróis da ciência, impassível de erros e falhas, que tudo entende e pode “se quiser com força suficiente”. Uma visão romântica, quase hollywoodiana, que nos afasta da realidade desses pequenos seres em desenvolvimento que acontecem de ter facilidade em alguma área do conhecimento.
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Esse afastamento pode fazer com que se sintam frustrados diante de desafios que não conseguem superar facilmente, deslocados, entediados, ansiosos ou até deprimidos, especialmente se suas demais habilidades e esforços não são reconhecidos ou valorizados. Eles podem, também, ter dificuldades em lidar com as expectativas dos adultos à sua volta ou em estabelecer relações interpessoais saudáveis. E nós, psicoterapeutas, ao conhecer altas habilidades como trabalhar, podemos criar um espaço voltado para a validação das aflições e dificuldades encontradas pelos nossos pequenos pacientes no seu dia a dia.
Por onde começar?
Para esclarecer um pouco altas habilidades como trabalhar, é importante adotarmos uma abordagem multidisciplinar e personalizada, que leve em conta as necessidades individuais de cada criança.
Pacientes com altas habilidades podem enfrentar desafios para se adaptar ao ambiente escolar e social, se sentirem entediados, desinteressados, e considerar a escola monótona, especialmente se não receberem o devido suporte. Identificar as necessidades específicas desses pacientes e desenvolver estratégias para ajudá-los a se adaptar é crucial para que seu desenvolvimento psicológico ocorra de forma saudável.
É essencial que estes pacientes recebam oportunidades para desenvolver seus talentos e habilidades. Você pode orientar a escola e a família sobre altas habilidades como trabalhar para fornecerem recursos para o desenvolvimento de projetos extracurriculares, a buscar programas de estudo avançado e incentivar a prática de atividades que ajudem a desenvolver outras habilidades, não relacionadas ao campo de conhecimento predominante da criança, a implementação de programas de enriquecimento curricular ou oportunidades para interagir com alunos que tenham facilidades em campos distintos.
Oferecer desafios intelectuais que sejam adequados ao nível de desenvolvimento do paciente através de atividades enriquecedoras, projetos de pesquisa ou participação em grupos de interesse e desenvolver habilidades socioemocionais, como autocontrole, empatia, resiliência e criatividade, através de atividades terapêuticas são, também, parte de dominar altas habilidades como trabalhar.
A terapia para pacientes com altas habilidades é levemente diferenciada para que eles mantenham-se interessados. Oferecer desafios intelectuais, com atividades mais complexas e estimulantes, estimular a criatividade e o pensamento crítico ao incentivar a resolução de problemas e a exploração de novas ideias, e fornecer recursos educacionais que possam auxiliar no desenvolvimento de seus talentos, como livros e materiais de pesquisa e atividades extracurriculares, por exemplo, são estratégias que enriquecem e facilitam a experiência terapêutica.
Quanto antes, melhor!
A falta de reconhecimento e apoio pode levar a problemas emocionais, baixa autoestima, evasão escolar e outras consequências negativas. Por isso, é importante que pais, professores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de altas habilidades e trabalhem em conjunto para garantir que o paciente receba o atendimento adequado.
Existem alguns sinais, comportamentos e características específicas, como:
- Grande curiosidade intelectual;
- Memória excepcional;
- Grande capacidade de concentração;
- Raciocínio lógico avançado;
- Aprendizagem rápida e eficiente;
- Criatividade ampla;
- Excelente habilidade em áreas específicas, como matemática, música, artes, linguagem, entre outras.
A identificação, porém, é mais complexa e envolve a observação por um psicoterapeuta, testes psicológicos, avaliação psicológica, etc. Ela não ocorre da mesma forma para todos os pacientes, assim como cada criança é dotada de particularidade e não se expressa igual às demais, por isso devemos ter cuidado com as comparações trazidas pelos pais e demais profissionais que convivem diariamente com a criança.
Quando estes pacientes não são identificados e atendidos adequadamente, podem enfrentar dificuldades em seu desempenho acadêmico e profissional, além de problemas emocionais e sociais. Por isso, é importante que os profissionais da área de saúde e educação conheçam altas habilidades como trabalhar.
Estabelecer uma comunicação clara e aberta com o paciente é, também, uma demanda comum dos pacientes com altas habilidades para que compreendam o processo e participem ativamente. A relação próxima com seus pais e professores, para identificar suas necessidades e dificuldades e buscar soluções adequadas é, também, uma característica do atendimento da criança com superdotação.
Trabalhar com crianças é uma constante caixa de surpresas, por isso sempre estou disponível nas minhas redes sociais (Youtube, Instagram, Facebook). O meu blog para terapeutas é voltado ao compartilhamento da experiência que tenho adquirido ao longo da minha carreira para que todos possam fornecer o melhor tratamento possível para cada criança, com informação e conhecimento. Ao assinar o PsicoPlano Infantil, você tem acesso a um atendimento individualizado desde a escolha do consultório até questões diárias da prática. Não deixe de conferir!