A alta em psicoterapia infantil é a finalização de um processo psicoterapêutico a que uma criança foi submetida. Durante todo o processo, o terapeuta buscou solucionar problemas identificados desde a anamnese até as análises. Ter alta significa que os principais problemas associados a um determinado caso foram resolvidos, e a pessoa foi capaz de melhorar a sua qualidade de vida e comportamentos negativos.
Quando se trata de uma pessoa com transtornos mentais, a alta também pode significar a normalização do quadro. Apesar de existir, é muito frequente que pessoas com questões clínicas específicas, ainda mais em casos graves, continuem frequentando a terapia por um período longo, ou até durante toda a vida. Isso sempre depende do quadro e sua evolução, sendo que uma previsão do psicólogo não deve ocorrer no começo da terapia.
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É importante para o psicólogo ter bem definidos quais objetivos e metas ele busca cumprir junto ao paciente, para que seja realmente possível identificar o momento em que é possível dar alta. O registro da evolução do caso será importante nesse processo.
Quando meu paciente tem alta?
Como adiantamos, é necessário que o psicólogo compreenda quais tipos de objetivo ele tem com a terapia. Um paciente tem uma autoestima baixa? Problemas de socialização? Entender quais são os principais fatores que o levaram à terapia é o primeiro passo para, no fim de um longo processo, dar uma alta. Uma forma de compreender quando esse momento chega é definindo metas.
Ao avaliar que o seu paciente já teve mudanças comportamentais e atingiu um nível de bem-estar capazes de dar a ele autonomia, é possível dar uma alta. Em suma, a ideia é que quando o paciente não precisa mais de ajuda terapêutica, aquela sistemática e teórica fornecida por um profissional, ele pode ter uma alta. No caso da alta em psicoterapia infantil, é possível observar isso a partir da própria dinâmica na terapia, mas também dos relatos que ela faz sobre suas relações na escola e no ambiente familiar.
Alta progressiva
Essa é uma boa estratégia, inclusive para a alta em psicologia infantil. Isso porque permite uma inserção social do paciente com gradativo distanciamento do psicólogo. Para não haver uma quebra drástica na rotina com o terapeuta, que pode desencadear em alguns problemas de adaptação, é possível fazer a tal “alta progressiva”.
Ela consiste no afastamento progressivo do paciente, como o próprio nome sugere. Por exemplo: um paciente que fazia duas sessões por semana pode passar a fazer apenas uma. Depois de um período, com a observação de uma evolução mesmo com a redução, ele começa a visitar o terapeuta quinzenalmente. Isso pode ocorrer sucessivamente até terapias espaçadas apenas para acompanhamento e, por fim, a alta.
Reavaliação antes da alta
Se na chegada do paciente à terapia é feita uma anamnese e uma avaliação, é fundamental retomar isso na saída. A reavaliação é justamente uma comparação da condição clínica avaliada do paciente observada pelo terapeuta com a situação atual dele. Por isso mesmo, é importante manter uma documentação sistemática da evolução do caso.
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Quando estiver em vias de dar uma alta, busque novamente o que foi documentado, especialmente no começo da terapia, e reavalie o quadro. Até por isso é importante ter metas e objetivos. Ao fazer a reavaliação para a alta, será possível compreender se esses horizontes foram cumpridos.
O que o psicólogo pode tirar da alta em psicoterapia infantil
Uma boa forma de não apenas começar a compreender se a alta em psicoterapia infantil já é possível, mas também ter insumos para melhorar a prática clínica, é entender o que o paciente ganhou com o processo. Por isso, uma boa ideia é sugerir atividades que estimulem o paciente a falar sobre o que ele aprendeu e ganhou com a terapia. Sugira que ele indique as evoluções que viu na sua vida social e no desenvolvimento dos sentimentos.
Sugira que a criança explique para você o que aprendeu durante o período. Isso, inclusive, pode servir como embasamento para a alta em psicoterapia infantil. Se os pressupostos estabelecidos pelo terapeuta no começo das sessões como meta forem identificados pelo paciente ao fim do processo, é um ótimo sinal de amadurecimento. Assim, fica fácil ver que, de fato, as metas foram atingidas.
Depois da alta em psicoterapia infantil: ainda há mais?
Especialmente no caso de crianças que tenham atrasos no desenvolvimento ou quadros de transtorno mais graves, é possível que o acompanhamento de outros profissionais que não o psicólogo continuem importantes. Mas mesmo depois da alta em psicoterapia infantil? Sim, mesmo nesse caso.
É importante lembrar que a alta diz respeito apenas ao processo terapêutico associado à psicologia. Eventualmente, médicos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, por exemplo, podem continuar sendo necessários. Por isso mesmo é sempre importante manter diálogo com os pais. Eles serão capazes de indicar sobre a existência desses outros profissionais e, eventualmente, abrir uma porta de diálogo.
Orientação dos pais
E já que falamos em pais, vamos destacar a importância deles no processo de alta em psicoterapia infantil. Mantê-los seguros e orientados será fundamental para o bem-estar da criança. Por isso, indique que as portas seguem abertas para dúvidas pontuais e também adiante comportamentos que podem ser esperados da criança após a alta.
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Uma boa ideia é listar alguns exemplos do que poderá ser observado no dia a dia. Como a criança seguirá em desenvolvimento, passando por diversas fases, é comum que a personalidade e o comportamento mudem. Orientar os pais para que não confundam esses movimentos naturais com a alta é uma boa ideia.
Saiba mais sobre o desenvolvimento infantil
Se você quer continuar compreendendo mais sobre pautas relacionadas à clínica, uma ótima ideia é acompanhar o blog da tia Paulinha. Os conteúdos dos nossos artigos podem servir como orientação para pais, mães e, é claro, psicólogos. Aqui, falamos sobre o desenvolvimento infantil, como eles podem se manifestar e estratégias terapêuticas. Não perca!