Quais são os graus de autismo?

Quais são os graus de autismo?
Paulinha Psico Infantil

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Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

Entre os mais de 300 tipos de transtornos mentais catalogados, o TEA (Transtorno do espectro autista), ou autismo, é um dos mais comuns, atingindo mais de 70 milhões de pessoas no mundo todo. Entretanto, é importante entender que existem diferentes graus de autismo, ou níveis de autismo.

Cada grau de autismo, ou nível de autismo, faz com que as pessoas que possuem esse transtorno apresentem diferentes comportamentos e características. O grau de autismo de cada pessoa é observado e avaliado no atendimento clínico, de acordo com o DSM-V, o Diagnóstico de Saúde Mental e a observação clínica + relato dos pais.

O que é autismo? 

Para falar mais sobre os graus de autismo, é preciso entender mais a fundo sobre o que é, de fato, o TEA. 

Bom, o autismo é um transtorno neurológico bastante complexo, que se manifesta, normalmente, desde o nascimento ou no começo da infância.

O autismo se caracteriza, essencialmente, por déficits nas áreas de comunicação social, comportamento e interação com a sociedade. 

Dessa maneira, crianças que apresentam sinais desse transtorno, principalmente em graus de autismo mais elevado, apresentam características que fogem do “padrão” e que necessitam de um acompanhamento mais próximo, possibilitando que elas se desenvolvam com mais qualidade de vida. 

O que é CID e DSM?

Quais são os graus de autismo?

Para ajudar a identificar os graus de autismo, os profissionais, como psicólogos e neurologistas, devem estar alinhados com as classificações presentes em dois documentos fundamentais: CID (classificação internacional de doenças) e DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Criado pela OMS, o CID é uma classificação que serve como referência para profissionais da área da saúde no mundo todo, ajudando a padronizar a comunicação entre esses especialistas a respeito de inúmeras doenças conhecidas. 

Além disso, é um código confiável que ajuda a identificar incidência e prevalência de doenças, aprimorando a organização de estatísticas que permite, entre outras coisas, a identificação de epidemias e pandemias, por exemplo.

Já o DSM é um documento que é atualizado constantemente. Atualmente está na sua quinta versão, ou seja, o DSM-V. Este documento é referência para o catálogo de transtornos mentais importantes que acometem uma grande parcela da população, como o próprio TEA e seus graus de autismo.


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Diagnóstico é feito a partir de critérios do DSM-V

Transtornos como o TDAH, TOD e também o TEA, precisam ser identificados nos primeiros anos de vida das crianças, permitindo que os pais encontrem um acompanhamento terapêutico adequado o mais rápido possível. Dessa forma, é essencial que o diagnóstico seja realizado com eficiência, identificando, inclusive, os graus de autismo de cada criança.

Para “facilitar” esse trabalho, é recomendado que o diagnóstico de autismo seja feito a partir de critérios estabelecidos pelo DSM-V, visto que, este é um documento que apresenta parâmetros necessários para essa identificação.

Antes do DSM-V esse diagnóstico sofria com problemas, já que, outras síndromes, como a de Asperger, eram abrangidas de maneira separada. A partir dessa edição do documento o diagnóstico do TEA engloba o transtorno autista (autismo), a síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno global do desenvolvimento em uma única parte. 

Ainda segundo o DSM-V, existem 3 principais parâmetros para ajudar no diagnóstico do transtorno e dos graus de autismo, que são: dificuldades de interação social, problemas de comunicação social e comportamentos repetitivos e restritos. São esses sintomas e comportamentos que fazem com que o profissional possa identificar, clinicamente, que uma criança é autista ou não.

Claro, existem certas ramificações que precisam ser analisadas pelo profissional responsável pelo diagnóstico, visto que, são as variações na intensidade das dificuldades e nos comportamentos que permitem que eles identifiquem os graus de autismo de cada um. 

Níveis 1, 2 e 3 de autismo 

Níveis 1, 2 e 3 de autismo

Os graus de autismo são caracterizados no DSM- V em 3 níveis, que escalam a gravidade de cada um e como eles afetam os principais requisitos diagnósticos do transtorno. Dessa forma, segundo o DSM-V, são esses os níveis de autismo:

Nível 1 – “Exigindo apoio”


Comunicação social: Na ausência de apoio, déficits na comunicação social causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar interações sociais e exemplos claros de respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos outros. Pode parecer apresentar interesse reduzido por interações sociais. Por exemplo, uma pessoa que consegue falar frases completas e envolver-se na comunicação, embora apresente falhas na conversação com os outros e cujas tentativas de fazer amizades são estranhas e comumente malsucedidas.


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Comportamentos restritos e repetitivos: Inflexibilidade de comportamento causa interferência significativa no funcionamento em um ou mais contextos. Dificuldade em trocar de atividade. Problemas para organização e planejamento são obstáculos à independência.

 

Nível 2 –  “Exigindo apoio substancial”

Comunicação social: Déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal; prejuízos sociais aparentes mesmo na presença de apoio; limitação em dar início a interações sociais e resposta reduzida ou anormal a aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma pessoa que fala frases simples, cuja interação se limita a interesses especiais reduzidos e que apresenta comunicação não verbal acentuadamente estranha.

Comportamentos restritos e repetitivos: Inflexibilidade do comportamento, dificuldade de lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos aparecem com frequência suficiente para serem óbvios ao observador casual e interferem no funcionamento em uma variedade de contextos. Sofrimento e/ou dificuldade de mudar o foco ou as ações.

Nível 3 – “Exigindo apoio muito substancial” 

Comunicação social: Déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal causam prejuízos graves de funcionamento, grande limitação em dar início a interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma pessoa com fala inteligível de poucas palavras que raramente inicia as interações e, quando o faz, tem abordagens incomuns apenas para satisfazer as necessidades e reage somente a abordagens sociais muito diretas. 

Comportamentos restritos e repetitivos: Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos interfere acentuadamente no funcionamento em todas as esferas. Grande sofrimento/dificuldade para mudar o foco ou as ações.

Autismo se mede pelo suporte

Níveis 1, 2 e 3 de autismo

Como vimos na descrição anterior, representada no próprio DSM-V, o autismo não é medido exatamente pela comunicação, agressividade ou comportamentos, mesmo que esses aspectos formem uma base importante para o diagnóstico do TEA.

Apesar disso, os graus de autismo devem e são medidos através do nível de suporte que a criança precisa para conseguir se desenvolver da melhor maneira possível, seja dentro de casa, nas escolas ou em qualquer ambiente social que ela está inserida. 

Essa medição permite que o acompanhamento seja realizado de maneira eficiente, visto que, cada grau de autismo requer uma atenção específica. Naturalmente o nível 3 de autismo, que exige apoio muito substancial, é um nível em que a criança possui sérios déficits nas habilidades sociais, inflexibilidade de comportamento e sofrem com maiores dificuldades para se adaptar aos ambientes em que estão inserido, necessitando de um apoio e acompanhamento mais presente. 


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Conheça mais sobre a Paulinha Psico Infantil

Bom, agora que você já sabe quais são os 3 níveis e graus de autismo, que tal conhecer mais sobre esse transtorno, ajudando a entender como buscar o acompanhamento adequado para os pequenos que possuem essa condição. No meu blog você encontra diversos conteúdos que falam sobre esse e outros assuntos relacionados. Você também pode adquirir o meu curso, o Psico Plano Infantil, para ficar por dentro de toda a minha metodologia aplicada no atendimento infantil e na compreensão de transtornos neurológicos conhecidos

Você pode me acompanhar através do Youtube ou nas minhas redes sociais!

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