É totalmente normal que muitos pais tenham dificuldades em entender os comportamentos de seus filhos, principalmente pais de primeira viagem. Entretanto, é importante ficar atento a algumas práticas que podem caracterizar algum transtorno importante. Quando o seu filho alinha brinquedos e não sabe brincar, por exemplo, isso pode ser um sinal.
Muitos estudos são desenvolvidos para determinar o padrão de desenvolvimento infantil, ou seja, os passos mais comuns que os pequenos dão enquanto vão se passando os anos. Esses estudos ajudam a identificar, entre outras coisas, aspectos que facilitam o diagnóstico de diferentes transtornos.
Quando a criança possui comportamentos e práticas que não estão alinhadas com esse padrão, como quando a criança não sabe brincar, isso pode ser sinal de autismo, por exemplo.
Características do autismo
Alinhar brinquedos, falta de contato visual, não responder quando é chamado, não apontar para os brinquedos e objetos, falta de interação com as pessoas, atraso na fala. Todas essas são características de atrasos no desenvolvimento infantil e também de transtornos conhecidos, como o autismo.
Atualmente são mais de 70 milhões de pessoas no mundo todo que nascem com o TEA (transtorno do espectro autista), que é popularmente conhecido como autismo. Dessa forma, essa é uma condição que está presente na sociedade e é cada vez mais comum.
Saber lidar com essa possibilidade do seu filho ter TEA é fundamental para entender o por que ele alinha brinquedos e não sabe brincar, por exemplo. Apesar de ser necessário o diagnóstico clínico, realizado por psicólogos, psiquiatras ou neurologistas, é importante ficar atento aos primeiros sinais para que você possa buscar auxílio o mais rápido possível.
O que é autismo?
Para entender melhor o por que o seu filho costuma alinhar brinquedos, mas ao mesmo tempo não sabe brincar, é importante saber o que pode estar causando esse tipo de comportamento. Uma das opções mais plausíveis, justamente por ser uma característica marcante do transtorno, é de que o seu filho tenha autismo.
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O autismo é um transtorno neurológico que afeta diretamente e, principalmente, a comunicação e interação social, gerando déficits em ambas as áreas. Além disso, o autismo é caracterizado por comportamentos atípicos, como comportamentos repetitivos e estereotipados. Esse transtorno também pode afetar o desenvolvimento da fala, linguagem e habilidades cognitivas.
As causas do autismo estão relacionadas principalmente à genética de cada pessoa. Entretanto, existem estudos que apontam que o autismo também pode estar relacionado ao ambiente em que o pequeno está inserido. Por fim, também existem pesquisadores que apontam que a causa do autismo pode ser, por exemplo, uma infecção causada pela mãe durante a gravidez.
O diagnóstico do autismo deve ser realizado de forma clínica, pelos profissionais indicados. Para o diagnóstico, os especialistas se baseiam, essencialmente, em dois “documentos”, o CID( Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) e o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
Níveis de autismo
O autismo pode se apresentar em diferentes níveis. Atualmente, são levados 3 graus em consideração, sendo que eles se caracterizam essencialmente pelo nível de suporte que a criança com autismo irá precisar para se desenvolver da melhor maneira possível.
Os níveis de autismo são descritos justamente no DSM, que possui uma longa parte do documento reservado apenas para esse transtorno que é tão presente na sociedade. Segundo o documento, os níveis são separados em:
- Nível 1 – “Exigindo apoio”;
- Nível 2 – “Exigindo apoio substancial”;
- Nível 3 – “Exigindo apoio muito substancial”.
Além disso, dentro de todos os níveis são apresentados características específicas em duas categorias: Comunicação social e Comportamentos restritos e repetitivos. Nos dois campos, as crianças com autismo, independentemente do nível, apresentam aspectos que são comuns em pessoas com TEA.
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Entretanto, a separação por níveis é justamente por conta da intensidade que os sintomas se apresentam em cada criança. Conforme o nível de autismo é mais alto, mais fortes são esses sintomas e mais é necessário o suporte por parte dos pais, psicólogos e outros cuidadores.
O grau de autismo pode, por exemplo, ser determinante nas práticas dos pequenos no dia a dia, ajudando a entender o porquê ele não sabe brincar.
Abordagens da psicologia
O acompanhamento terapêutico com as crianças que possuem autismo ou outros transtornos é fundamental para que elas consigam se desenvolver e melhorar sua qualidade de vida, amenizando as dificuldades que os sintomas do autisma gera no comportamento e na interação social.
Cada terapêuta possui uma abordagem particular, de sua preferência, para realizar esse acompanhamento. As diferentes abordagens da psicologia podem ajudar o seu filho, que não sabe brincar, a desenvolver esse aspecto, além de interagir e melhorar o desenvolvimento em atraso que ele possa ter.
Nesse sentido, quando você observar algum sintoma característico desse transtorno no seu filho, como quando ele não sabe brincar, é importante buscar esse auxílio.
Além disso, o trabalho terapêutico com crianças autistas também pode ser efetuado através da interdisciplinaridade. Ou seja, não é apenas o psicólogo que se torna essencial no acompanhamento, mas fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, pedagogos e outros profissionais também podem
CDC e Marcos do Desenvolvimento
Outro campo importante que você deve ter conhecimento para entender mais sobre o por que seu filho não sabe brincar ou possui dificuldades de desenvolvimento aparentes, é o CDC (Controle de Doenças dos Estados Unidos).
O CDC é uma agência Norte-Americano que trabalha na proteção da saúde pública e da segurança da população, disponibilizando dados e informações que ajudam a debater e entender melhor doenças e transtornos, auxiliando os órgãos de saúde responsáveis a tomar decisões importantes a respeito da saúde de cada região.
Entre as informações mais relevantes disponibilizadas pelo CDC estão os marcos de desenvolvimento infantil, utilizado como base no mundo todo para estabelecer padrões de desenvolvimento durante a infância. Esses padrões, como citados no começo do artigo, também são importantes para ajudar na identificação de transtornos conhecidos.
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Nesse artigo do CDC você pode observar como funcionam as classificações de desenvolvimento, estabelecendo quais são os padrões apresentados pelas crianças em diferentes etapas do crescimento, como nos primeiros meses de vida e nos primeiros anos.
Por exemplo, segundo o documento, o normal é que a criança com 2 meses de idade já comece a sorrir para outras pessoas, comece a fazer barulhos e virar a cabeça em direção aos sons. Já com 1 ano de vida, a criança começa a apresentar novos comportamentos, como chorar ao ver o pai ou a mãe irem embora e Responde a pedidos simples verbais, entre outros.
Existem mais uma série de aspectos emocionais, da linguagem, cognição e desenvolvimento físico que são apresentados, ajudando a entender se o seu filho está se desenvolvendo dentro desse padrão ou se possui atrasos. Quando a criança não sabe brincar, por exemplo, pode significar que ele esteja com alguma dificuldade que não está estabelecida nos representados pelo CDC.
Busque avaliação psicológica com profissional especializado
Para finalizar, é fundamental destacar a necessidade de buscar a ajuda de um profissional especializado. Quando você observar que seu filho não sabe brincar, que ele possui atrasos na linguagem ou dificuldades no desenvolvimento, é importante ir atrás de uma avaliação psicológica para entender o que está acontecendo.
Quando você encontra um profissional adequado para diagnosticar a condição de seu filho, o quanto antes, você possibilita que ele receba um acompanhamento de qualidade por mais tempo e em fases importantes da vida, que é justamente nesse período de desenvolvimento.
É justamente para ajudar os pais a entenderem melhor sobre essas questões e profissionais da área a se aprimorarem que desenvolvi o Psico Plano Infantil, um curso completo em que você pode conhecer mais sobre a minha abordagem no desenvolvimento infantil.
Você pode também conferir mais conteúdos e me acompanhar nas redes sociais e no meu canal do Youtube!
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