Minha criança come muito, o que fazer?

Minha criança come muito, o que fazer?
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

A alimentação das crianças deve ser sempre um ponto de muita atenção dos pais. A busca por hábitos mais saudáveis deve ser uma rotina, mas às vezes como pais pensamos: será que minha criança come muito? Da mesma forma que o inverso também precisa causar o mesmo alerta nos responsáveis.

Que fique claro, que ainda não estou falando de compulsão alimentar – transtorno alimentar que precisa ser tratado com acompanhamento profissional multidisciplinar. Tratarei mais a frente sobre essa temática. 

Mas, do fato de a criança comer de forma exagerada perante ao seu biotipo e padrão de gasto energético. Nesse caso, outras soluções podem ser encontradas de forma mais “simples”. 

Mudanças na rotina alimentar familiar podem impactar positivamente nesse sentido, contribuindo para a alimentação da criança. Dessa forma, o controle da situação fica mais fácil com a participação de toda a rede familiar do pequeno. 

Diante desse cenário, preparei para você um guia que vai te ajudar a compreender quando a alimentação do seu filho pode estar além do saudável, mesmo quando a criança come bem, os fatores que levam a esse comportamento e como diferenciar esse processo da compulsão alimentar. 

Como identificar que está além do saudável

Minha criança come muito, o que fazer?

Aqui vai um mantra que você deve levar sempre que envolver a alimentação do seu filho: qualidade é melhor que quantidade. Isso porque quando vemos uma criança “boa de garfo” é preciso entender se o que está sendo consumido está de acordo com a fase do seu desenvolvimento e contribui para tal.

Em períodos em que o ritmo de crescimento está acelerado, é comum que os jovens tenham um gasto energético maior e, por consequência, pode parecer que a criança come muito. Normalmente, essas fases são até o primeiro ano de vida e durante o período que precede o “estirão da adolescência”, ou seja, entre 10 e 12 anos nos meninos e entre 8 e 9 anos nas meninas. 

Dessa forma, o consumo de cereais integrais, frutas, legumes, frutas e verduras, por exemplo, devem ter seu consumo aumentado. Mas, infelizmente, existem casos em que sem o direcionamento correto, os pequenos acabam abusando de doces, frituras e refrigerantes, sendo prejudicial no médio e longo prazo. 

Diante desse cenário, para saber se a sua criança come muito e isso está sendo desfavorável para ela, é preciso analisar, antes de tudo, o que está sendo consumido e o estágio do desenvolvimento infantil. Nos casos em que a situação possa estar “anormal”, a busca pelo auxílio de um nutricionista é fundamental. Em algumas situações, a contribuição de uma psicóloga também pode ser importante porque pode ser que a comida possa estar sendo um refúgio.

O que leva a criança a comer muito?

Como mencionei anteriormente, existem algumas fases do desenvolvimento infantil que, normalmente, fazem com que as crianças comam mais. Mas, existem outros casos que levam a esse comportamento. Questões emocionais também podem atuar sobre os pequenos para que eles venham a comer mais.

Em geral, esse excesso na alimentação está ligado a questões emocionais quando a criança é exposta a situações diferentes no seu dia a dia, como a ansiedade por uma prova na escola, um trabalho de inglês a ser desenvolvido, um novo campeonato de futebol ou outras infinitas possibilidades. Em todos os casos, a criança encontra na alimentação uma forma de aliviar a carga. 

O papel dos responsáveis nessas situações, é compreender o cenário que está ocorrendo com a criança e intervir de forma adequada, pontuando que não existe problema em sentir os picos de emoção e como é possível contar e tomar outras atitudes, sem descontar na alimentação. O diálogo se faz fundamental. 

Filho de peixe, peixinho é…

Outro fator que leva muitas crianças a comerem além do necessário é o próprio exemplo dos pais. Diante do exemplo ruim de alimentação dos responsáveis, o pequeno tende a tomar o mesmo caminho, se tornando uma criança come muito e, muitas vezes, que se alimenta mal.

Nesses casos, é preciso que todo o ambiente familiar tenha a consciência de que se a criança come muito, pode estar ligado a esse fato. Com isso, a mudança vai além da própria criança. A mudança deve ocorrer nos hábitos alimentares de todos para ocorrer com o resultado esperado.  

Além desses dois pontos, também pode resultar em hábitos alimentares nocivos, como comer até não aguentar mais, na infância:

Alta exposição a ultraprocessados gerado pela grande influência da publicidade: Por ser um público vulnerável, devido à facilidade de persuasão, as crianças acabam sendo influenciadas e, por consequência, influenciando os responsáveis para poderem consumir produtos ultraprocessados. 

Devido ao alto desejo de consumo embutido em cada produto, sem a devida orientação, a criança pode se tornar um alvo fácil. Por isso, atenção a esse cenário de exposição midiática também é importante.  

O que é a compulsão alimentar 

O que é a compulsão alimentar

A compulsão alimentar é definida como todo comportamento incomum que o ser humano estabelece com a sua alimentação. Nesses casos, devido à má alimentação, quando a criança come muito e alimentos errados, ela acaba ficando sujeita a diversos contratempos no futuro.

Acompanhado do transtorno alimentar, surgem também sentimentos negativos que acabam afetando a criança, como ansiedade, culpa, medo, tristeza, deturpação da autoimagem perante ao julgamento alheio, entre outros. Dessa forma, a atenção a criança e aos possíveis sinais do que está ocorrendo é fundamental. Separei abaixo alguns dos principais sintomas da compulsão alimentar infantil:

  • Comer de forma escondida dos responsáveis (Pais, avós, professores,…);
  • Alimentar-se mais rapidamente que as crianças da mesma faixa etária;
  • Não mastigar corretamente os alimentos e engolir;
  • Ficar com sensação de culpa ao terminar de comer;
  • Não ter a sensação de saciedade ao terminar uma refeição;
  • Ter dificuldade em manter uma rotina alimentar regrada, buscando refeições sem horários definidos;
  • Consumir uma quantidade maior de alimentos do que o necessário para sua fase de desenvolvimento. 

Como é possível perceber, se você acha que sua criança come muito mas ela não apresenta, necessariamente, um quadro de compulsão alimentar. No entanto, de acordo com as circunstâncias em que o caso está ocorrendo, é preciso ficar atento ao pequeno para compreender de fato o que está ocorrendo e intervir da maneira mais adequada. 

Na situação de ser identificada uma criança come muito e com compulsão alimentar, somente com um acompanhamento multidisciplinar, com médicos e nutricionista, será possível ter o tratamento correto. Para saber mais sobre o mundo da psicologia infantil, me acompanhe nas redes sociais.

Compartilhe esse conteúdo
WhatsApp
Facebook

Tópicos do Conteúdo

Conteúdos que você também pode gostar
Calandar (2)
15 de março de 2024
As estereotipias do autismo são...
Calandar (2)
13 de março de 2024
O hiperfoco infantil é um...
Calandar (2)
11 de março de 2024
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é...
Calandar (2)
5 de março de 2024
Os transtornos infantis são condições...
Calandar (2)
3 de março de 2024
O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)...
Calandar (2)
1 de março de 2024
A identificação e intervenção precoce...

Newsletter: Receba Notícias e Conteúdos

Receba as novidades do mundo da Terapia Infantil toda semana!

Jornada Terapeuta Infantil de Sucesso

Aprenda a se desenvolver mais como terapeuta infantil, como lotar sua agenda e fazer a gestão do seu consultório do zero.

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Aprenda como atuar em todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil, através da metodologia IAMF.

PSICÓLOGA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Aprenda como atuar em todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil, através da metodologia IAMF.

PSICÓLOGA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Digite o que procura abaixo