Você provavelmente já conheceu uma criança difícil que fazia muita birra, gritava com os pais e quebrava coisas. O que você pode não saber é que, em alguns casos, essa criança pode sofrer do Transtorno Opositivo-Desafiador (ou Opositor-Desafiador) – TOD. Por ser um agravamento nas atitudes “rebeldes” da criança, o transtorno pode ser muitas vezes confundido com má-criação, “manha” ou excesso de “mimo” dos pais. Sendo assim, é muito importante conhecer e saber como aplicar o melhor teste para diagnosticar TOD.
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O que é o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)
Descrito na última edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5) como um como um transtorno que causa comportamentos raivosos, vingativos ou desafiadores principalmente em crianças e adolescentes.
Uma criança com TOD apresenta com frequência pelo menos quatro dos oito sintomas indicados no DSM-5:
- perde a calma;
- é facilmente incomodada
- é raivosa ou ressentida
- questiona figuras de autoridade
- se recusa a obedecer regras
- incomoda outras pessoas de propósito
- culpa os outros por seus próprios erros
- foi vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
Pensando apenas nos sintomas pode parecer que uma criança com TOD seja apenas malcriada ou muito mimada, mas na verdade o transtorno se refere a uma situação muito mais séria, e é por isso que o teste para diagnosticar TOD é tão importante.
Quais são as características do TOD?
Primeiro, é preciso entender que no próprio Manual Diagnóstico estão eliminados os comportamentos que se possam considerar comuns para a idade, como os “terrible two” (termo que se refere aos “terríveis dois anos de idade”), a rebeldia moderada na adolescência e outras condutas que são comuns em outras crianças e jovens.
Por esse motivo é que alguns dos primeiros critérios a serem considerados no diagnóstico do TOD são a frequência dos comportamentos opositores-desafiadores e a continuação deles mesmo depois da idade em que esses comportamentos normalmente acontecem. Esses comportamentos precisam ser responsáveis por trazer PREJUÍZOS comportamentais e/ou sociais para a criança.
Uma criança que tenha o Transtorno Opositivo-Desafiador pode, muitas vezes, se deixar levar pela frustração ou irritações de uma maneira que é o esperado para a idade: com muita sensibilidade, reações extremas e um rancor prolongado. Outra característica marcante nas características do TOD é a desobediência aos mais velhos, principalmente os que a criança deveria respeitar mais, como o pai, a mãe e os professores, por exemplo, as ditas “figuras de autoridade”.
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É importante ressaltar que, além daqueles requisitos mais básicos para identificar uma criança com TOD (a frequência dos comportamentos e a diferença com o que se espera pela idade da criança), um fator muito importante que também define o transtorno é o impacto que as atitudes disruptivas têm na vida social do pequeno. Na grande maioria dos casos, os ataques de raiva, a teimosia e o desrespeito às autoridades trazem vários prejuízos na vida da criança, principalmente entre na escola, no relacionamento com os pais e com os amiguinhos.
Qual o melhor teste para diagnosticar TOD?
O Transtorno Opositivo-Desafiador é uma transtorno que só pode ser diagnosticada por um especialista, por meio de observação e análise clínica. Ou seja, ao analisar os sintomas, a duração e os prejuízos causados, o profissional determina se a criança tem o TOD ou não, o que pode ser difícil mesmo para um médico especializado, já que a muitas crianças podem apresentar parcialmente alguns dos comportamentos citados acima.
Para eliminar atitudes normais das crianças, que podem ser apenas sintomas de cansaço, fome, imaturidade, entre tantas outras coisas, o profissional precisa fazer uma boa anamnese para esclarecer a real frequência e intensidade desses comportamentos, o que geralmente inclui conversas com os pais e até professores da criança. Além disso, existe a possibilidade de vários outros transtornos serem confundidos com o TOD, entre eles o TDAH, transtornos de ansiedade, entre outros.
Os pais e até os professores da criança têm um papel fundamental no diagnóstico do Transtorno Opositivo-Desafiador, já que o primeiro teste para diagnosticar TOD é observar os comportamentos da criança e como eles afetam a vida social do pequeno. Outro elemento importante é o fato de que os primeiros sintomas costumam aparecer ainda na pré-escola, então os pais e professores devem estar atentos.
Muitas vezes os pais podem perder a paciência com o filho sem perceberem que ele pode estar sofrendo de um transtorno que necessita de ajuda profissional, e por isso é tão importante conhecer bem os sintomas e alertas que podem indicar que a criança tem TOD.
Como funciona o teste para diagnosticar TOD?
O diagnóstico clínico, feito por um profissional, acontece depois da análise de todas as possibilidades apresentadas no DSM-5. É preciso checar se existe a possibilidade de haver outros transtornos agindo, se o comportamento é esperado de acordo com a idade e com a frequência que tem acontecido e se os sintomas são suficientes para montar o quadro de Transtorno Opositivo-Desafiador. Como vimos, é preciso que pelo menos quatro sintomas estejam frequentemente presentes na conduta da criança, dentro da lista oferecida pelo próprio Manual Diagnóstico.
Quais profissionais podem realizar o teste para diagnósticar TOD?
Para que a criança ou adolescente possa ser diagnosticada com o Transtorno Opositivo-Desafiador, é preciso que um especialista médico ou da área da psicologia realize a análise. Alguns exemplos de profissionais ideais para essa tarefa são os psiquiatras, psicólogos, neuropsicólogos e neuropediatras.
Mesmo que os pais ou cuidadores da criança percebam que estratégias que supostamente deveriam funcionar (como sentar e conversar, explicar e como se deve fazer ou até proibir certas ações) não estão tendo nenhum efeito ao longo do tempo, é preciso da avaliação clínica de um profissional para saber se a criança ou o adolescente de fato tem o TOD. Isso porque muitos fatores diferentes e outros transtornos podem criar situações extremamente parecidas, e o profissional vai saber como rastrear corretamente as possíveis causas.
E aí sim, pode ser que seja necessário o uso de medicamentos para auxiliar essa criança. Ou então, com a pesquisa os pais descobrem que o filho tem algum outro transtorno central e o TOD é uma comorbidade, ou seja, um transtorno associado. Podemos considerar o TEA, o TDAH, alguma mutação genética, alguma síndrome, DI… por isso é tão importante a busca por profissional especializado.
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Então… Busque ajuda se quer realizar um teste para diagnosticar tod na sua criança!
Entender sobre como o mundo das crianças funciona e quais os comportamentos que se deve esperar dos pequenos é um grande passo para prevenir que possíveis transtornos piorem e, também, para identificar cedo quando algo está errado, já que quanto mais jovem for a criança, mais eficaz será a intervenção especializada.
Por isso, se você quer saber como estar preparado para ajudar seu pequeno no amadurecimento e desenvolvimento das várias partes da vida da criança, dá uma olhada nos artigos no meu blog e me acompanhe também pelo Instagram, YouTube e no TikTok!