Ao longo dos anos, a luta pelo reconhecimento das mais variadas orientações sexuais tem se tornado cada vez maior. No entanto, em uma sociedade com o preconceito enraizado e intrínseco, as minorias são obrigadas a conviver com os desafios dessa vida cotidiana, com os medos, incertezas e dobro de atenção e cuidado.

Isso porque, embora quem seja de um gênero não heteronormativo já sofra com o que foi falado acima, às vezes a aceitação e o apoio não estão presentes dentro da própria casa. Muitas vezes pela questão da idealização, não só os filhos têm dificuldade em “se assumir” para os pais, mas os próprios pais não conseguem demonstrar a mesma relação de antes. Outro fato que contribui é aquele antiquado pensamento de que o fato de ter um filho homossexual impediria a possibilidade de netos. Todavia, além de todo universo da adoção, existem inúmeros procedimentos que permitiriam ter filhos de outras maneiras. 

Além desses fatores mais negativos, é claro que existem pais e mães que ficam extremamente preocupados com o que o filho pode sofrer somente por ser da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou transgêneros, queer, intersexo, assexual e demais possibilidades de orientação sexual ou de gênero), ou seja, esteja a mercê do preconceito e violência da sociedade em que vivemos. 

Isto é, para quem tem um filho homossexual e quer saber um pouco mais sobre importância de seu acolhimento e de seu aceitação, vamos conversar mais sobre esse assunto abaixo. 

Importância do acolhimento e da aceitação dos pais para o filho homossexual

Além da estatísticas mais assustadoras, como as 316 pessoas da comunidade LGBTQIA+ mortas em 2021, segundo dados de um levantamento do “Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+”, a possibilidade de suicídio aumenta de 2 a 4 vezes para pessoas de orientações sexuais minoritárias. 

Ademais, o Brasil é a nação com mais assassinatos de LGBT. Olhando por outra ótica, pode-se dizer que existe uma morte a cada 29 horas. Dentre essas mortes, mais da metade foi contra gays (homem que sente atração por pessoa do mesmo sexo). Portanto, definitivamente o Brasil não é um ambiente considerado seguro para a população LGBT (por isso tamanha importância da aprovação dos familiares).

Dito isso, um dos principais exemplos é a falta de aceitação e acolhimento dos pais. Se coloque no lugar de seu filho homossexual e imagine não poder se sentir em casa nem mesmo na prória casa. Ou onde quer que seja. O principal ponto é colocar o amor pelo seu filho à frente, contra toda prova. Para isso, busque informações e tente sempre ajudar seu filho, dar e receber conhecimento.  

Isso porque, além de fato da homossexualidade ser algo muito comum de se manifestar na adolescência, é muito importante para o desenvolvimento de seu filho(a) homossexual como pessoa. Quer dizer, não só ela terá em quem confiar para contar coisas sobre relacionamentos e vivências, como também terá um lugar para poder expressar seus sentimentos e angústias.

Filho homossexual: coisas que você pode fazer para ajudar

Recentemente, publiquei no meu blog o texto “Meu filho é gay: 4 coisas que você pode fazer”. Lá, você pode conferir algumas dicas interessantes sobre como lidar com esse momento.

Enfim, é claro que existem formas dos pais demonstrarem mais vontade de acolher, de realmente aceitar os fatos e “comprar as brigas” do filho homossexual. Para isso, talvez o principal ponto de partida seja conversar com pais de pessoas LGBTQIA+ das mais diversas gerações, até para que se possa notar essa diferença das relações temporais.

Além disso, se você é mãe ou pai de filhos de diferentes orientações sexuais, independente da diferença de idade, não os trate de forma diferente. Isto significa que não pode ser normal a namorada dormir e o namorado não, ou vice e versa. Para seu filho homossexual, sentir o preconceito dentro da própria casa pode ser bastante doloroso. 

Outro ponto que também pode ser apenas um detalhe para você, mas com certeza não será para seu filho homossexual, é utilizar orientação sexual como xingamento. Isso porque, como isso ainda está muito presente em ambientes como estádios de futebol, por exemplo, algumas palavras podem não parecer preconceituosas, mas termos como “Sapatão” e “Traveco” trazem um preconceito em relação à essas pessoas, afinal você precisa ao máximo demonstrar que está do lado de seu(sua) filho(a) e que não aceita esse tipo de “bullying” criado por pessoas desrespeitosas tentando diminuir pessoas LGBTQIA+

Por fim, também pode ressaltar a importância do apoio e da busca dos pais por mais informações. Com toda certeza, se seu filho homossexual te ver querendo aprender mais sobre cada luta, ele irá te ter como um porto seguro ainda maior do que o simples vínculo de sangue. E lembre-se, homossexualidade não se trata de uma opção e sim de orientação.

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Dito um pouco mais sobre a importância dos pais na vida e no desenvolvimento de um filho homossexual, saiba que você pode acompanhar muito mais conteúdos através de meus diversos canais na internet! Meus conteúdos podem te ajudar tirar dúvidas como mãe ou pai. Ou até mesmo para você que ainda não virou mãe/pai e quer mergulhar no universo infantil e em suas possibilidades, acesse o Instagram e o Youtube. 

Vale lembrar também que, além dos conteúdos nas redes sociais, eu ofereço um blog com assuntos relacionados ao desenvolvimento infantil, autismo, TOD, TDAH, transtornos infantis, educação, dicas para as mães e os mais diversos conteúdos. Minha maior atuação é em nos transtornos do neurodesenvolvimento e no treino de habilidades sociais em grupos terapêuticos. 

Enfim, se você gostou do conteúdo, me siga nas redes sociais e acompanhe todos os conselhos e recados que a Tia Paulinha te disponibiliza a cada DIARIAMENTE! Principalmente não deixe de ler esse conteúdo que diz mais sobre acolhimento na homossexualidade de um filho.