Apesar de ser tema de polêmica, a educação sexual nada mais é do que um conjunto de processos que buscam levar às pessoas o ensino sobre as questões associadas à sexualidade. Com a educação sexual para as crianças, é possível ensinar questões adequadas à sua idade, a fim de evitar que ela possa sofrer abusos. No caso dos adolescentes, ela permite ensinar sobre o amadurecimento sexual a fim de evitar situações indesejadas, como gravidez precoce e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Mas, como a ideia aqui é falar especialmente sobre a educação sexual infantil, o foco é entender que uma educação sexual coerente para os mais novos é aquela que busca ensinar sobre o que ela não deve aceitar e como deve reagir a eventuais situações de risco. Isso, é claro, não deve ocorrer por meio de terror ou qualquer comunicação mais “adulta”, e sim de formas que façam o pequeno entender, em uma linguagem correspondente à idade da criança.
O grave problema do abuso sexual infantil no Brasil
Segundo dados do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), entre 2017 e 2020, 180 mil crianças sofreram violência sexual no Brasil. O dado é grave, e tem um impasse ainda maior para ser resolvido: a maioria dessas situações ocorre dentro dos próprios lares. Um balanço do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos aponta que 75,9% dos casos ocorrem dentro do ambiente familiar, sendo 40% deles cometidos por pais ou padrastos.
Ainda pelos dados do Ministério, dos 4.486 casos de violação de direitos humanos registrados nos primeiros cinco meses de 2022, 18,6% se tratam de violência sexual. A pesquisa ainda mostra que 74% dessas violações ocorreram contra meninas. Mas os dados podem ser ainda maiores, uma vez que nem sempre são denunciados.
O canal de denúncia para esse tipo de caso é o Disque 100. O padrão é que qualquer caso de violação de direitos das crianças seja apurado pelo conselho tutelar local.
Educação sexual para as crianças: como ajudar seu filho
Como fica claro, a violência sexual cometida contra crianças é um problema com números infelizes e expressivos no Brasil. E os pais são capazes de ajudá-los a se proteger por meio da educação sexual. Mas, é claro, isso nem sempre é fácil. Já não bastasse o tabu de falar sobre sexualidade com os filhos, no caso da educação sexual infantil ainda há o limite da idade e limitação sobre o tipo de informação.
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E uma boa recomendação é procurar por recursos externos. Além de conteúdos sobre como abordar o tema, você pode também aproveitar jogos desenvolvidos por profissionais. Esse tipo de jogo é adaptado à idade e desenvolvido por psicólogos, pedagogos ou especialistas em desenvolvimento de outras áreas. Esse tipo de curadoria garante que não haja nenhum tipo de problema de linguagem ou conteúdo para o seu pequeno. A seguir, conheça duas ideias.
1) Semáforo do toque
O semáforo do toque é uma forma lúdica de desenvolver a educação sexual infantil, orientando às crianças sobre o próprio corpo e quais são os limites associados a ele. Como o nome sugere, se trata de uma atividade inspirada nas cores do semáforo. A partir delas, você consegue explicar para o pequeno com o que deve tomar cuidado, o que pode permitir e o que não pode de forma alguma.
Antes de mais nada, o ideal é ter uma conversa com a criança sobre as partes do corpo. Comece explicando para ela aqueles que já conhece: diga o que são os membros e peça para que ela responda como cada um chama. Então, indique o que é a barriga e a cabeça, por exemplo. Isso vai ajudar a criança a se interessar pela explicação. Caso ela ainda não saiba o que são as “partes íntimas”, é o momento de explicar, já que elas, obviamente, serão uma região vermelha no semáforo do toque.
Você pode imprimir uma folha com um desenho do corpo de criança ou mesmo desenhá-lo. Então, é hora de usar canetinhas ou lápis de cor para indicar cada região do corpo.
O braço, a cabeça e os ombros, por exemplo, podem ser anotados com uma bolinha verde. Você pode explicar que, nessas regiões, não existem muitos problemas se alguém encostar. Já no caso das mãos, pernas e barriga, é preciso ter cuidado. Explique para a criança que, se alguém encostar nessas regiões, ela deve tomar cuidado, se afastar e avisar alguém que confia na primeira oportunidade.
As regiões íntimas, bem como a boca, estão no vermelho. Isso significa que ninguém pode tocar além da própria criança. Explique que é uma região que é completamente individual, e ela não pode deixar que ninguém chegue perto. Em qualquer tentativa disso, ela deve buscar imediatamente um adulto em quem confie e relatar o que aconteceu.
2) Pipo e Fifi
Este é um jogo criado para estimular a educação sexual infantil, baseado nos personagens Pipo e Fifi. Com atividades de colorir e interagir. Com esse tipo de brincadeira, a criança será capaz de compreender alguns dos conceitos sobre a sexualidade. Além disso, os pais também podem acompanhar as atividades e ver como a própria criança se expressa e o que passa pela cabeça dela. E o melhor, o jogo Pipo e Fifi é gratuito. Neste link, é possível baixar e imprimir.
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3) Aproveite conteúdos em vídeo
Para chamar a atenção das crianças e aproveitar conteúdos indicados para elas, também tenho algumas recomendações de vídeos infantis que vão explicar um pouco sobre educação sexual infantil. Veja!
Prevenção à violência sexual infantil
Ajudando a identificar abusos
“Não pode tocar”
Música: “NÃO PODE TOCAR NÃO” – PAS – Prevenção ao Abuso Sexual!!
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4)Aproveite uma playlist
E se você quer mais conteúdos sobre educação sexual infantil para assistir junto aos filhos, o Grupo Marista tem uma playlist completa com conteúdo adaptado aos pequenos. Você consegue conferí-la abaixo!
Não perca nenhum assunto
Quer continuar acompanhando conteúdos além da educação sexual infantil? No blog da Paulinha você tem acesso a conteúdos relacionados ao desenvolvimento infantil por completo. Seja mãe, pai ou profissional de alguma área relacionada a esse tema, aqui sempre abordamos assuntos novos e buscamos desenrolar estes assuntos complexos. Venha!