O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, que ocorre em uma grande quantidade de pessoas no mundo todo. O TEA (Transtorno do Espectro Autista), como é verdadeiramente reconhecido, pode ser identificado ainda nos bebês, mas em estágios menos avançados. Para isso, é importante ficar atento com os sinais, identificando possíveis sintomas de autismo leve em bebês.
Para entender mais como identificar os sintomas de autismo leve em bebês e quais são eles, escrevemos esse artigo detalhando essas questões. Venha conferir!
O que é autismo leve?
O autismo leve é um dos 3 graus do espectro autista, no caso, aquele que a pessoa precisa de menor nível de suporte em seu dia-a-dia. Para entender tudo sobre autismo leve clique aqui e você encontrará exatamente a definição, os diagnósticos, os sintomas, a forma como ele se manifesta e muito mais.
Podemos diagnosticar autismo leve em bebês?
Sim, é possível diagnosticar autismo leve em bebês, mas essa não é uma tarefa fácil.
Como os bebês ainda estão em fase de desenvolvimento, principalmente das capacidades cognitivas, identificar os sintomas de autismo leve em bebês não é simples, pois é mais complicado encontrar pontos que caracterizam o autismo.
Esse é um desafio muito grande para os especialistas dessa área, como psiquiatras, psicólogos e neurologistas, que são os principais responsáveis pelo diagnóstico do autismo, independente do grau do espectro autista.
8 sintomas de autismo leve em bebês – os principais e mais comuns
Bom, agora vamos ao que realmente interessa. A seguir, falaremos de 8 sintomas de autismo leve em bebês.
É preciso entender que não é necessário que todos os sintomas estejam presentes nos bebês para que eles sejam diagnosticados, mas são sintomas muito comuns no diagnóstico realizado pelos especialistas.
1.Não responde quando é chamado
O primeiro sintoma que aparece é a falta de resposta aos chamados dos pais, essencialmente das mães. Quando os pais chamam, e o bebê simplesmente não responde, pode ser um sintoma claro da condição do TEA.
Isso acontece pois os bebês autistas acabam não compreendendo que os pais estão chamando seu nome, permanecendo no mesmo local e ficando sem reação a esse chamado. Também pode ser por ter algum hiperfoco e não conseguir prestar atenção à outros chamados externos.
Lembrando que, ao buscar avaliação do bebê, é importante eliminar o “óbvio”, ou seja, garantir que realmente não seja um caso de surdez ou deficiência auditiva antes de pensar em autismo.
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2. Movimentos repetitivos com o corpo
A repetição dos movimentos corporais também é um sinal importante. Quando os bebês são autistas, eles tendem a executar alguns movimentos repetitivos, como bater as mãos, rodar, balançar o corpo, balançar os braços, podem também bater a cabeça, entre outros.
3. Brincadeiras repetitivas
A repetição nas brincadeiras também faz parte do quadro de sintomas de autismo leve em bebês. Nesse caso, os bebês gostam de manter alguns padrões, organizam os brinquedos sempre da mesma maneira e brincam das mesmas brincadeiras sempre que possível, principalmente sozinhos.
4. Utiliza a mão de outros como ferramenta
É muito comum que um bebê, sem o espectro de autismo, aponte para as coisas que querem mexer, brincar ou mostrar. No caso de bebês que possuem o TEA, eles costumam pegar no braço de outras pessoas e levam elas até o local que querem indicar. Falamos que “usam o adulto como ferramenta”, pois sem contato visual, puxam a mão como se ela não fizesse parte do outro, simplesmente puxam para que ela pegue o que precisam.
5. Bebês muito irritados ou muito passivos são sinais de alerta
As mudanças de humor, principalmente quando aponta para um aspecto mais estressado ou o oposto disso, são características bastante comuns em crianças que possuem sintomas de autismo leve em bebês.
Esse tipo de mudança é um ponto determinante para que os pais percebam que alguma coisa está diferente, fora dos padrões de comportamento, servindo como um sinal de alerta importante.
6. Se incomoda com toque, texturas ou apresenta seletividade alimentar
O incômodo com o toque de outras pessoas, texturas mais específicas, sons altos, entre outros, também pode fazer parte dos sintomas de autismo leve em bebês.
Muitas vezes os pais podem entender que isso é normal para a idade da criança, principalmente em situações isoladas, mas quando isso se torna presente no cotidiano, é importante ficar alerta.
7. Dificuldade de rastreamento visual
A dificuldade em seguir os objetos com o olhar e a falta de mudança no foco do olhar, também são sintomas importantes dessa condição.
Essa é uma característica que pode ser observada ainda nos primeiros meses de vida dos bebês, sendo um sinal importante para que os pais procurem os especialistas para entender o que está acontecendo.
8 – Resposta da criança em sua mudança facial
O último dos 8 sintomas de autismo leve em bebês é a falta de mudança na expressão facial.
É muito comum que bebês que não são autistas modifiquem as expressões conforme as modificações no rosto de outras pessoas ao seu redor. Por exemplo, se uma pessoa perto de um bebê sorri, a tendência é que ele acompanhe.
No caso dos bebês que possuem autismo, essa mudança muitas vezes não ocorre, ou então eles simplesmente ignoram o que está acontecendo à sua volta, sendo mais um sinal de alerta importante.
Que testes posso usar para diagnóstico de autismo em bebês?
Se por acaso, você observar um ou mais sintomas de autismo leve em bebês, é fundamental que você procure os especialistas mais indicados, como psicólogos, psiquiatras e neurológicos, como citados anteriormente.
Esses especialistas podem afirmar ou negar a existência dessa condição nos bebês realizando apenas a observação do comportamento dos pequenos. Entretanto, é indicado que sejam realizados alguns testes quando existe essa preocupação.
Até hoje, o teste que se apresentou como o mais eficiente para identificar se existe mesmo o espectro de autismo nas crianças, é a ESCALA AOSI.
Esse tipo de teste foi desenvolvido para auxiliar no diagnóstico do autismo em crianças pequenas, mas pode ser aplicado também nos bebês.
A Escala AOSI foi criada para determinar se os pacientes possuem a Síndrome de Asperger, que é uma condição enquadrada nos transtornos do espectro de autismo e, por isso, é muito utilizada até os dias atuais.
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Esse teste funciona com uma série de perguntas que são feitas para os pais da criança, e existe uma escala específica para cada tipo de resposta. Se as respostas forem compatíveis com o coeficiente indicado para a condição de autismo leve, os especialistas podem determinar que o bebê ou criança possui essa condição.
Caso não feche o diagnóstico, eles podem indicar que é um bebê de alerta ou risco de autismo – ou seja, ainda não apresentou características suficientes para fechar o diagnóstico, porém, deixou o especialista em alerta. Sendo necessário iniciar as terapias o quanto antes para que possa ser estimulado adequadamente.
Justamente pela praticidade e velocidade em que os testes são realizados é que, até hoje, a Escala Aosi ainda é muito utilizada.
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