A infância é uma fase marcada por intensa energia, curiosidade e movimentação constante. No entanto, em alguns casos, essa agitação ultrapassa o limite do esperado e passa a interferir negativamente no desenvolvimento da criança, em suas relações familiares, escolares e sociais. Quando isso ocorre, é importante observar com atenção as possíveis características de hiperatividade infantil, que podem indicar a presença de um transtorno que necessita de acompanhamento profissional.
Embora o termo “hiperatividade” seja amplamente utilizado no cotidiano, nem toda criança ativa ou inquieta é hiperativa. A diferença está na intensidade, frequência e impacto desse comportamento na vida da criança. Compreender as características de hiperatividade infantil é essencial para pais, professores e cuidadores, pois isso permite uma atuação mais consciente e eficaz na promoção do bem-estar e no apoio adequado ao desenvolvimento infantil.
O que é hiperatividade infantil?
A hiperatividade infantil, na maioria dos casos, está associada ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), uma condição neurobiológica de origem genética, caracterizada por sintomas persistentes de desatenção, impulsividade e hiperatividade. No entanto, é possível que a criança apresente traços de hiperatividade sem necessariamente preencher todos os critérios clínicos para um diagnóstico formal de TDAH.
A hiperatividade em si está relacionada a uma atividade motora excessiva e desorganizada, além de uma constante necessidade de estímulos. Crianças hiperativas tendem a agir antes de pensar, têm dificuldades em se concentrar, manter o foco e controlar impulsos. Esse comportamento vai além do esperado para a idade e estágio de desenvolvimento da criança.
Características de hiperatividade infantil: o que observar?
Observar as características de hiperatividade infantil exige atenção a diferentes aspectos do comportamento da criança, tanto em casa quanto na escola ou em outros contextos sociais. A seguir, listamos os principais sinais que podem indicar a presença de hiperatividade infantil:
1. Agitação motora constante
Uma das características de hiperatividade infantil mais evidentes é a movimentação constante. A criança não consegue ficar parada por muito tempo, está sempre andando de um lado para o outro, subindo em móveis, balançando pernas, mexendo objetos ou se contorcendo na cadeira. Mesmo em situações que exigem calma e quietude, como durante refeições ou em sala de aula, a criança parece estar “ligada no 220”.
Essa necessidade de movimento não é motivada por um propósito específico, mas sim por uma inquietação interna que dificulta o controle voluntário do próprio corpo.
2. Dificuldade de concentração e atenção
Embora a desatenção esteja mais relacionada à dimensão do TDAH que trata do déficit de atenção, ela frequentemente aparece associada à hiperatividade. A criança hiperativa pode se distrair facilmente com estímulos ao redor, abandonar tarefas no meio, esquecer instruções simples ou ter dificuldade em seguir uma sequência lógica de ações.
Essa desorganização interfere no desempenho escolar e nas atividades do dia a dia. É comum que a criança inicie várias tarefas, mas não conclua nenhuma, o que pode gerar frustração tanto para ela quanto para os adultos que a acompanham.

3. Impulsividade nas ações e nas palavras
Outra entre as características de hiperatividade infantil é a impulsividade. A criança fala ou age sem pensar nas consequências, interrompe conversas, responde antes da pergunta ser concluída, levanta a mão na escola e grita a resposta sem esperar sua vez, ou interfere nos jogos e brincadeiras dos colegas de forma abrupta.
Essa impulsividade pode gerar conflitos com outras crianças, dificuldade de socialização e até acidentes, pois a criança se coloca em risco por agir precipitadamente.
4. Dificuldade em brincar de forma tranquila
Brincar é uma atividade natural da infância, mas a criança hiperativa tende a brincar de forma barulhenta, intensa e, muitas vezes, desorganizada. Ela pode começar uma brincadeira e rapidamente perder o interesse, ou transformar qualquer brincadeira em algo agitado e sem regras.
Essa dificuldade em manter-se em atividades calmas é uma das características de hiperatividade infantil que mais se manifesta no ambiente doméstico, sendo um sinal importante a ser observado pelos pais.
5. Problemas para seguir instruções e cumprir regras
Crianças hiperativas geralmente têm dificuldades em seguir instruções, mesmo as mais simples. Isso ocorre não por má vontade, mas por não conseguirem manter o foco necessário para entender e lembrar da sequência de passos a ser seguida.
Além disso, podem ter resistência a regras, não por desafio direto, mas porque seu cérebro tem dificuldade em manter o controle comportamental necessário para obedecer consistentemente. Essa é uma das características de hiperatividade infantil que pode gerar maior tensão em sala de aula e em ambientes que exigem organização.
6. Fala excessiva e necessidade de atenção constante
Falar demais, mesmo quando não é o momento adequado, é outra característica comum. A criança pode interromper adultos, mudar de assunto rapidamente ou falar sem parar, mesmo sem que ninguém esteja ouvindo atentamente.
Além disso, tende a buscar atenção constante dos adultos e colegas, seja por meio de comportamentos engraçados, perguntas repetitivas ou atitudes impulsivas.
7. Baixa tolerância à frustração
Muitas crianças hiperativas demonstram baixa tolerância à frustração, reagindo com raiva, choros, birras ou agressividade quando algo não acontece como o esperado. Essa reação impulsiva decorre da dificuldade em controlar emoções e lidar com limites, o que pode impactar diretamente a convivência com outras crianças.
Essa também é uma das características de hiperatividade infantil que mais afeta o ambiente familiar, pois os pais podem sentir-se constantemente testados e esgotados diante dessas reações.
8. Dificuldades no desempenho escolar
A combinação de desatenção, impulsividade e agitação compromete o rendimento escolar da criança. Ela pode apresentar dificuldades de aprendizagem não por falta de capacidade, mas por não conseguir manter o foco, organizar os materiais ou seguir as orientações do professor.
Além disso, pode ter problemas comportamentais em sala de aula, dificultando sua integração com colegas e o desenvolvimento pleno de seu potencial.
Diagnóstico e acompanhamento
Embora essas características de hiperatividade infantil sejam sinais importantes, é fundamental destacar que o diagnóstico de TDAH ou qualquer outro transtorno deve ser feito por um profissional qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra infantil. O diagnóstico é baseado em uma avaliação criteriosa, que envolve observação comportamental, entrevistas com pais e professores e, em alguns casos, aplicação de testes específicos.
Não se deve rotular uma criança como “hiperativa” apenas com base em comportamentos isolados. Muitas vezes, fatores como estresse familiar, ambiente escolar inadequado, problemas de sono, alimentação ou até dificuldades emocionais podem gerar comportamentos semelhantes aos da hiperatividade.

O que fazer diante das características de hiperatividade infantil?
A boa notícia é que, com orientação adequada e estratégias consistentes, é possível ajudar a criança a desenvolver habilidades de autorregulação e melhorar sua qualidade de vida. Abaixo estão algumas recomendações úteis para pais, educadores e cuidadores:
1. Estabelecer rotinas claras e previsíveis
Crianças com hiperatividade se beneficiam muito de rotinas estruturadas. Ter horários definidos para atividades, alimentação, brincadeiras e sono ajuda a dar segurança e reduzir a ansiedade.
2. Usar instruções curtas e objetivas
Ao dar comandos, evite frases longas ou complexas. Use uma linguagem clara, olhando nos olhos da criança e confirmando que ela entendeu.
3. Reforçar comportamentos positivos
Elogie e recompense atitudes desejadas, como terminar uma tarefa ou esperar sua vez. O reforço positivo ajuda a fortalecer comportamentos adequados.
4. Oferecer pausas e atividades físicas
Permitir que a criança tenha momentos de movimento entre atividades mais exigentes ajuda a liberar energia e melhora a concentração.
5. Utilizar ferramentas visuais
Quadros de rotina, listas de tarefas, cronômetros visuais e cartões de lembrete são recursos que auxiliam a criança a se organizar e manter o foco.
6. Estimular o autocontrole emocional
Ensinar técnicas de respiração, relaxamento e reconhecimento das emoções pode ajudar a criança a controlar seus impulsos e desenvolver inteligência emocional.
7. Buscar apoio profissional
Acompanhamento psicológico, psicopedagógico e, em alguns casos, intervenção medicamentosa (sempre prescrita por um médico) pode ser necessário, especialmente em casos moderados a graves.
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