Qual é a melhor terapia para autismo?
Qual é a melhor terapia para autismo?

A importância da terapia para autismo é, atualmente, inquestionável. Além do desenvolvimento das habilidades sociais, comportamentais e de comunicação dos nossos pacientes que se encontram no espectro, ela traz aos cuidadores informações reais e contextualizadas diminuindo, assim, a ansiedade e o estresse comumente associados ao diagnóstico e, consequentemente, amplia a qualidade de vida de todos os envolvidos.

Eu acho essencial reafirmar, e busco fazê-lo sempre que possível, que cada criança é única, e habita um universo igualmente único, independentemente de estar, ou não, dentro do espectro. Desta forma, os sintomas do autismo são diversos e se manifestam de diferentes formas em cada paciente, fazendo da terapia para autismo um processo adaptável, amplo, e minucioso que requer estudos constantes por parte do psicoterapeuta, você pode ler um pouco mais sobre este tópico aqui

Quando falamos em qualidade de vida, não apenas estamos abordando as capacidades sociais e comunicativas de um pequeno ser humano em desenvolvimento, apesar de elas serem o foco de grande parte das abordagens disponíveis, mas também do melhoramento da autoestima, da independência, da autoconfiança, do domínio sobre o próprio corpo, da diminuição de comportamentos nocivos, ou seja, a terapia para autismo promove, simultaneamente, a integração social do indivíduo como ele é, respeitando e acolhendo suas particularidades, indiferentemente do nível espectral. 

Qual é a melhor terapia para autismo?

Outro fator que devemos considerar é a multidisciplinaridade da terapia para autismo. A presença dos demais profissionais para ajudar essa criança, e a comunicação entre áreas e com a família faz com que o trabalho seja devidamente individualizado e as informações obtidas sejam compartilhadas, considerando uma visão integral do paciente para que as estratégias de desenvolvimento sejam elaboradas de forma singular e correspondam à quem é a criança, seus interesses, suas necessidades e características. Sendo assim, a terapia fornecida será efetiva e funcional. 

Mesmo que desiguais, existem alguns sinais comuns que acendem um alerta para a neuro divergência infantil,  que podem indicar a presença do TEA, aos quais devemos ficar atentos desde a primeira infância. Se a família nos procura para obter informações e alega que, mesmo sem ainda ter completado um ano, o bebê não reage às interações com os adultos, brinca sempre com o mesmo brinquedo, da mesma forma, sem interagir com o ambiente à sua volta, faz movimentos repetitivos, se incomoda com o toque, com texturas específicas e rejeita alimentos parecidos entre si, não altera as expressões faciais e, principalmente, não acompanha objetos ou movimentos com os olhos, é possível considerar procurar alguém para avaliar e então dar início à terapia para autismo


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O diagnóstico, contudo, leva tempo e considera um amplo leque de informações, comportamentos, características cognitivas e físicas da criança ainda a florescerem que, por esta razão, não podem ser avaliadas em idade tão tenra. Eu recomendo que a família seja orientada à busca, além do terapeuta, de neurologistas, pediatras, e demais profissionais para uma avaliação profunda das possíveis causas dos sintomas.

Não é igual para todos 

Entendo que, ao considerar os pontos levantados acima, a pergunta “Qual a melhor terapia para autismo?” pode, ainda, permanecer. E a resposta é que não há uma via única de terapia. Ao receber o seu pequeno paciente, durante o processo terapêutico, ficará cada vez mais perceptível que há, por exemplo, a melhor abordagem para o “João Pedro”, ou o melhor método para a “Maria”, a terapia que a “Júlia” mais se adaptou e teve resultados, e assim por diante. Afinal, não há uma caixinha de crianças com Transtorno do Espectro Autista, mas sim crianças que descobrem ter o transtorno ao longo de suas trajetórias. 

Deste modo, é possível que a responsividade e a evolução do paciente encontram-se estagnados, que o interesse se perca, e a conexão com a psicoterapia e a vontade de participar das atividades sejam desafiadas, fazendo com que seja necessário tentar novas possibilidades de terapias. Para o paciente autista, o interesse é a chave do engajamento e, consequentemente, do sucesso das intervenções que fazemos. A terapia para autismo não é, portanto, uma ciência exata que conta com fórmulas engendradas. 

Quais as abordagens mais comuns? 

Qual é a melhor terapia para autismo?

Ainda assim, existem as abordagens mais utilizadas devido a seu amplo respaldo científico e frequentes pesquisas. O envolvimento de profissionais qualificados, assim como da família, é primordial para a aplicação correta das intervenções e práticas, a fim de promover qualidade de vida e saúde à criança com TEA. São elas a ABA, o DRBI e a NDBI. 

Análise Comportamental Aplicada (ABA)

A Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, é uma ciência desenvolvida por psicólogos e filósofos que estudam o Behaviorismo Radical, uma importante vertente da psicologia, e é a mais utilizada por psicoterapeutas especializados em autismo. 

Seu principal objetivo, na terapia para autismo,  é compreender o behavior (palavra da língua inglesa que une em seu significado conduta e comportamento) do seu paciente antes e depois de comportamentos específicos, ou sua resposta perante a estímulos, para realizar as intervenções necessárias.  Por basear-se na teoria da aprendizagem operacional, as recompensas são utilizadas como forma de incentivo às respostas positivas que irão promover a evolução da criança. 


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Intervenção de Desenvolvimento Baseada nas Relações (DRBI) 

Como o nome traz, este perfil de intervenção tem a sua raiz nas relações e interações que são significativas para a criança. A fim de incentivar a comunicação, as habilidades de resolução de problemas e a aprendizagem, as instruções e recompensas para o paciente são deixadas de lado para que sua atuação seja espontânea, sendo direcionadas para os pais ou cuidadores. 

Intervenção Naturalista de Desenvolvimento Comportamental (NDBI)

Como foi colocado anteriormente, não há uma resposta única ou uma abordagem perfeita, que atenda integralmente todas as necessidades de todas as crianças com autismo, de forma padronizada. Com a intenção de colaborar para que algumas deficiências encontradas ao longo dos estudos e aplicações da terapia com ABA, como a dependência dos adultos para saber o que fazer, por exemplo, fossem resolvidas, a NDBI propõe a integração dos interesses especiais das crianças, da sua rotina e de brincadeiras no processo terapêutico. Aumentando, assim, a adesão do pequeno à terapia proposta. 

Como as definições que coloquei acima são de caráter introdutório, peço que acesse o meu blog para informações mais aprofundadas tanto sobre as abordagens quanto sobre autismo infantil. Afinal, os desafios que nós, psicoterapeutas, encontramos diariamente são muitos e diversos. Cada paciente é único e têm demandas igualmente únicas. O apoio é sempre bem vindo para que vejamos nossos pequenos pacientes florescerem, pensando nesta troca criei o PsicoPlano Infantil e minhas redes sociais (Instagram e Facebook) voltadas ao compartilhamento do meu conhecimento, não deixe de conferir! 

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