Terapia para TOD: Entenda como é feita a intervenção. 

Terapia para TOD: Entenda como é feita a intervenção. 
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) é um distúrbio comportamental que afeta pessoas das mais diversas características e origens, e é reconhecido por um padrão persistente de comportamento desobediente, hostil e desafiador. 

Que não deixa de estar presente durante as sessões e interações, porém não é na cura que buscamos quando falamos de Terapia para TOD, muito menos soluções punitivistas para impedir ou inibir a criança nos momentos de conflito. 

Embora seja comum que as crianças desafiem figuras de autoridade de tempos em tempos, o TOD envolve um comportamento mais grave e persistente que interfere significativamente na vida diária da criança e na dinâmica familiar, em outras palavras, prejudicando a família. 

O que é, exatamente, o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)?

O TOD está incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), uma referência amplamente utilizada por profissionais de saúde mental, enquanto um transtorno relacionado ao comportamento da criança. 

Para ser diagnosticada com o transtorno e dar a inicio a terapia para TOD, a criança deve exibir um padrão persistente de comportamento desafiador e hostil por, no mínimo, seis meses, assim como . Os comportamentos incluem:

1. Desobediência persistente: A criança frequentemente desafia regras e pedidos de figuras de autoridade, como pais e professores.

2.Comportamento hostil em relação a adultos: A criança pode ser argumentativa, recusar-se a obedecer, expressar raiva e ressentimento em relação a adultos.

3. Comportamento vingativo: A criança pode buscar vingança contra adultos ou colegas quando se sente contrariada.

4. Irritabilidade persistente: A criança está frequentemente irritada e ressentida.

5. Recusa em assumir a responsabilidade: A criança tende a culpar os outros por seus próprios erros ou transgressões.

É importante notar que esses comportamentos são mais graves do que os desafios típicos observados em crianças. No entanto, o diagnóstico de TOD não é feito levemente, e outros transtornos comportamentais ou emocionais devem ser excluídos antes que o diagnóstico seja confirmado.

Terapia para TOD: Entenda como é feita a intervenção. 

Causas do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)

As causas específicas do TOD ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que sejam multifatoriais, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, neurológicos, ambientais e sociais. Algumas das possíveis causas e fatores de risco incluem fatores genéticos. 

Diversos estudos sobre terapia para TOD sugerem que pode haver uma predisposição genética, com uma maior probabilidade de ocorrer em famílias com histórico de transtornos de conduta e anormalidades em áreas do cérebro que regulam o comportamento e o autocontrole.

Um ambiente familiar disfuncional, com conflitos frequentes, abuso, negligência ou falta de supervisão, pode aumentar o risco de desenvolvimento do TOD, assim como traumas e vivências muito precoces, como abuso psicológico, físico, sexual ou emocional.

Fatores socioeconômicos também têm grande participação no desenvolvimento de transtornos comportamentais e são um assunto recorrente na terapia para TOD. O que denominamos pobreza, que em outras palavras é a falta de acesso a serviços essenciais pode ser o “primeiro degrau” de um grande número de violências e negligências que as crianças sofrem.

É um contexto que deve ser considerado e ter suas mazelas abordadas.  

Intervenção psicológica é tratamento? 

Não! Uma importante característica do meu blog é que não utilizo a palavra tratamento. E a razão principal é que a psicoterapia não deve ser vista como um “remédio”, ou seja, uma resposta rápida, lógica e simples para um problema. 

As nossas soluções não nascem na mesma fonte da medicina, e comparar não traz frutos, não é mesmo? E assim como as demais, a terapia para TOD não segue um padrão exato, mas sim é adaptada para cada criança, sua realidade, seus sentimentos, sua história, etc. 

A terapia para TOD envolve uma abordagem multifacetada e realista, para além da resistência que o transtorno oferece como resposta para o nosso paciente, com a intervenção psicológica desempenhando um papel central. 

Aqui estão algumas das estratégias e abordagens mais recomendadas na terapia para TOD:

Terapia Comportamental

Altamente utilizada na terapia para TOD, ela se concentra na identificação de comportamentos problemáticos e na modificação desses comportamentos por meio de estratégias de reforço positivo e negativo. Isso pode envolver recompensas por comportamentos adequados e consequências para comportamentos inadequados. 

Por exemplo, uma criança com TOD pode ser recompensada por seguir regras e respeitar autoridades, enquanto enfrenta consequências, como a perda de privilégios, por comportamentos violentos.

Terapia para TOD: Entenda como é feita a intervenção. 

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental é usada para ajudar a criança a reconhecer e modificar pensamentos e crenças negativos que podem estar contribuindo para seu comportamento desafiador. A TCC pode ajudar a criança a desenvolver habilidades de resolução de problemas e a aprender estratégias de enfrentamento mais saudáveis.

Terapia familiar

A terapia familiar é importante para melhorar a dinâmica familiar e promover a comunicação eficaz entre pais e filhos, que pode acontecer de ser prejudicada devido ao comportamento hostil e ao enfrentamento constantes, gerando grande frustração na criança. 

Ela pode ajudar a identificar questões familiares subjacentes que estão contribuindo para o comportamento desafiador da criança e trabalhar para resolvê-las. Os pais podem, ainda, se beneficiar da  terapia para TOD e se apropriar de estratégias eficazes de manejo. Isso os capacita e incentiva a apoiar melhor seus filhos ao longo do atendimento.

O que eu falo sobre a medicação? 

Em casos graves de TOD, quando outras intervenções não foram eficazes e os resultados estão sendo impossibilitados, um médico pode considerar a prescrição de medicamentos, como estimulantes ou antipsicóticos. 

No entanto, a medicação geralmente é usada como último recurso, e sempre sob a supervisão de um profissional de saúde altamente qualificado, sem interromper o acompanhamento psicológico e junto aos demais profissionais envolvidos, nunca de forma isolada.

Embora seja um distúrbio complexo, e em muitos casos cansativo, o TOD pode ser abordado de forma eficaz com a intervenção psicológica adequada. A terapia comportamental, o treinamento de habilidades parentais, a terapia cognitivo-comportamental e outras abordagens são usados para ajudar a criança a desenvolver comportamentos mais adequados e saudáveis.

É importante destacar que o atendimento, o diagnóstico e o acompanhamento do TOD é um processo que requer tempo e esforço tanto da parte da criança quanto dos pais e cuidadores. A intervenção precoce é fundamental, pois pode ajudar a evitar complicações futuras e melhorar a qualidade de vida da criança e da família.

Com o apoio adequado, toda criança pode aprender a gerenciar seus comportamentos desafiadores e desenvolver habilidades que irão ajudá-las a ter um futuro mais saudável e equilibrado.

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