Antes de falar sobre a relação entre psicologia e autismo infantil, acho interessante esclarecer o que é o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Como o próprio nome traz, o autismo é um transtorno neurológico e atinge, aproximadamente, 70 milhões de pessoas no mundo. Ele se manifesta, geralmente, nos primeiros anos da infância, de forma espectral, ou seja, não linear e diversa em cada criança, que é única.
De forma geral, a criança com TEA apresenta certa deficiência das habilidades de comunicação e interação social, e comportamentos atípicos. Sendo assim, os níveis de dificuldade para se comunicar, a necessidade de acompanhamento de profissionais, entre outros sinais, são distintos entre si, porém necessários em todos os casos para garantir a qualidade de vida da criança.
Uma das descobertas de grande importância da conexão psicologia e autismo infantil foi a delimitação do perfil da criança autista através da entrevista com os pais ou responsáveis. Quando feita, com o objetivo de identificar quais as intervenções a serem propostas pelo profissional consultado, é essencial que haja compromisso com a realidade da criança e honestidade no relato, sem ocultação de limitações ou dificuldades.
Ademais, o perfil do paciente autista é retraído, com interações sociais desconfortáveis, padrões restritos no dia a dia, comportamentos repetitivos, incômodo com alterações no ambiente ou na rotina e ausência de contato com a realidade, em casos mais severos.
Diagnóstico da psicologia e autismo infantil
O processo diagnóstico deve ocorrer de forma eficiente e o mais cedo possível para a criança com Transtorno do Espectro Autista, assim como a identificação do grau de autismo presente para que as intervenções sejam efetivas.
Eu recomendo que o processo seja feito à luz do documento DSM-V, baseado no forte vínculo psicologia e autismo infantil, que estabelece os critérios necessários para o diagnóstico preciso, assim como os parâmetros para os níveis que irão determinar o grau presente em cada criança.
Intervenção psicológica
A psicologia contribui imensamente para a compreensão do autismo em todo seu espectro. A psicoterapia é a grande responsável pelo norteamento das intervenções a serem feitas. A saúde biopsicossocial da criança e sua natureza comportamental necessita, tanto na infância quanto na fase adulta, do acompanhamento de um profissional da psicologia para garantir um processo saudável de desenvolvimento.
Apesar de, a princípio, se pensar em psicologia e autismo infantil de forma centralizada no papel do psicólogo, a intervenção terapêutica do paciente autista deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, com fisioterapeutas e fonoaudiólogos, por exemplo, se necessário, sempre priorizando a individualidade de cada criança e suas demandas específicas.
There is no ads to display, Please add some
Assim como, juntamente aos demais profissionais, a escola deve oferecer um ambiente acolhedor, além de apresentar soluções para auxiliar as pessoas com autismo no desenvolvimento de suas habilidades sociais, não somente acadêmicas. É comum que as crianças com TEA sintam grande dificuldade perante situações sociais e ao processar as emoções consequentes destas interações.
Abordagens terapêuticas que podem ser utilizadas para ajudar o seu paciente
Após a avaliação psicológica e a confirmação do diagnóstico, é o momento de escolher qual o melhor método para seu paciente. Neste momento, é recomendável recorrer quantas vezes forem necessárias às informações trazidas tanto pela família quanto pelos profissionais da educação que convivem diariamente com a criança. O intuito desta prática é adotar a abordagem que será eficaz em consideração às demandas trazidas pelo paciente dentro das suas peculiaridades, além das questões gerais do TEA a serem trabalhadas.
Então, para responder a pergunta psicologia e autismo infantil: como trabalhar? Irei explicar a seguir como utilizar algumas abordagens.
Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
A Análise do Comportamento Aplicada é a forma de intervenção que apresenta os melhores resultados, com a maior evidência científica. Fundamentada na psicologia tradicional, mais especificamente na teoria da aprendizagem operacional, a sua prática é realizada a fim de ensinar habilidades com reforçadores, ou recompensas, com ampla análise das evidências em torno de comportamentos para que haja estímulo das práticas positivas para o desenvolvimento da criança.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
There is no ads to display, Please add some
Diferente da abordagem citada anteriormente, a Terapia cognitivo-comportamental é um processo terapêutico que foca na conexão entre sentimentos, comportamentos e pensamentos. Desta forma, o terapeuta passa a identificar as fontes, comportamentais e do pensamento, de desconforto do paciente durante as sessões com a família e com o indivíduo, a fim de fornecer à criança em tratamento ferramentas de autorregulação a partir do autocontrole.
Intervenção de desenvolvimento baseada nas relações (DRBI)
A Intervenção de desenvolvimento baseada nas relações acontece por intermédio dos pais ou responsáveis pela criança. Ela é uma prática livre, sem instruções específicas ou recompensas. A partir do interesse e perspectiva da criança, são elaboradas atividades que irão trazer significado emocional para a experiência compartilhada com aqueles que cuidam diariamente dela.
A formação dos cuidadores neste momento de troca é essencial para que as situações criadas sejam divertidas, afetivas e significativas a fim de o paciente desenvolver meios de se comunicar, solucionar problemas, aprender, criar e trabalhar com ideias diferenciadas, enfim, estabelecer a ligação social com as pessoas próximas.
Intervenção naturalista de desenvolvimento comportamental (NDBI)
A fim de solucionar alguns pontos desfavoráveis deixados pela ABA, a NBDI oferece maior gama de escolhas para que a criança possa aderir mais facilmente ao tratamento. A aquisição de habilidades e o aprendizado ocorrem durante atividades naturais da criança, como a brincadeira ou práticas rotineiras da família, utilizando o interesse do autista como origem das recompensas a serem disponibilizadas.
Além da psicologia e autismo infantil
Mesmo que psicologia e autismo infantil sejam intimamente ligados, cabe, também, a família exercer seu protagonismo e permanecer próxima dos demais profissionais envolvidos, sempre atenta a o que está sendo feito para dar continuidade às práticas que são efetivas para a criança e refletem em resultados.
Assim sendo, o psicólogo deve sempre buscar estar disponível para fazer a orientação parental da forma mais clara possível, criando, consequentemente, um laço de trabalho conjunto em prol da criança em desenvolvimento.
E para te ajudar, eu, tia Paulinha, estou disponível no Instagram e no YouTube para tirar as dúvidas tanto das famílias quanto dos profissionais, entre em contato comigo! Para ser um profissional excepcional todos os dias, faça a adesão ao PsicoPlano Infatil e tenha acesso aos nossos conteúdos sempre atualizados!
There is no ads to display, Please add some