Ser pai de autista é uma experiência única, mas não deve ser olhada a partir do transtorno, e sim a partir da criança e suas individualidades. Um pai enfrenta desafios únicos e vive alegrias únicas em todos os contextos, mas aqueles que convivem com uma criança diagnosticada podem se beneficiar grandemente dos conhecimentos específicos sobre o TEA.
Esses benefícios se devem ao fato de o conhecimento sobre o transtorno fazer da experiência paternal um acontecimento mais leve, com menores preocupações e com bases sólidas para alimentar uma relação saudável entre pai e filho, voltada a decisões e ações com respaldo científico e psicológico.
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Afinal, os pais sempre querem o melhor para os filhos, que pode ser fruto de conhecer profundamente do que se trata e como funciona o que está sendo atestado em um diagnóstico.
Eu preparei, então, alguns conhecimentos indispensáveis para o pai de autista:
Entender o autismo:
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta significativamente a forma como uma pessoa se comunica, expressa comportamentos e sentimentos e interage socialmente e para o pai de autista pode ser percebida durante o dia a dia da criança dentro de casa e com a família.
Essa condição, denominada Transtorno do Espectro Autista (TEA), é caracterizada por diferenças marcantes na maneira como o cérebro funciona. Elas não são, porém, limitações, mas sim padrões diferenciados de funcionamento.
Indivíduos com autismo podem apresentar variações notáveis em áreas como a comunicação verbal e não verbal, preferências por rotinas e rituais específicos, interesses exclusivos e, muitas vezes, desafios na compreensão e na resposta às sutilezas sociais.
O pai de autista pode observar brincadeiras longas e “iguais”, a falta de interesse por questões não relacionadas a um interesse específico, dificuldades ao ter interações com pessoas diferentes ou desconhecidas, ou até mesmo semelhanças de comportamento atípicos que ele próprio apresentou na infância .
A natureza do espectro autista é vasta, abrangendo desde casos mais leves até formas mais intensas, manifestando-se de maneira única em cada pessoa afetada pelo transtorno. O diagnóstico do TEA é baseado em critérios específicos que consideram padrões de comportamento, habilidades de comunicação e interação social. Ao entender o autismo como um transtorno do neurodesenvolvimento, torna-se possível abordar as necessidades individuais de cada pessoa, promovendo intervenções e estratégias adaptadas para maximizar seu potencial e qualidade de vida.
A necessidade da Intervenção precoce
A intervenção precoce é fundamental para crianças autistas. Quanto mais cedo a criança receber terapia e apoio especializados, maiores são as chances de melhorias significativas. O pai de autista deve estar ciente da importância de buscar ajuda profissional assim que observar quaisquer sinais de atipicidade na criança, principalmente se acreditar não ter sido notado pelo cônjuge.
Terapia especializada
Conhecer as diferentes abordagens terapêuticas para o autismo é crucial para o pai de autista. Terapias como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) e a Integração Sensorial são algumas das opções disponíveis. Os pais devem se informar sobre essas terapias e, juntos, trabalhar com profissionais qualificados para escolher as mais adequadas para o seu filho.
A relação entre individualidade e autismo
Cada criança é única, mesmo as que recebem diagnósticos das mais diversas naturezas. É importante entender que o que funciona para outras crianças pode não surtir efeito algum para o seu filho, ou filha. O pai de autista deve aprender a reconhecer as necessidades e os interesses individuais da criança e auxiliar os profissionais envolvidos a adaptar as estratégias de apoio de acordo com as particularidades e situações vividas.
Comunicação efetiva
Muitas crianças autistas enfrentam desafios na comunicação verbal. O pai de autista precisa aprender estratégias para facilitar a comunicação, como o uso de sistemas de comunicação alternativa, quadros de comunicação ou linguagem de sinais. Compreender os métodos de comunicação preferidos da criança ajuda a promover uma interação eficaz.
Estímulos sensoriais, o que são?
O autismo frequentemente está associado a hipersensibilidade ou hipossensibilidade sensorial, o que quer dizer que o pai de autista deve aprender a reconhecer como seu filho, ou filha, reage a diferentes estímulos sensoriais, como luzes fortes, sons altos ou inesperados, diferentes texturas e cheiros, a fim de criar ambientes que os ajudem a se sentirem confortáveis e menos propensos à crises.
Rotina e previsibilidade
Muitas crianças autistas se beneficiam de rotinas e previsibilidade, diminuindo consideravelmente os sentimentos de ansiedade e inquietação. O pai de autista pode aprender a estabelecer rotinas consistentes e a fornecer avisos antecipados de mudanças na programação para a criança ao acompanhar as rotinas médicas, escolares e de terapia, planejamentos de viagens e eventos, entre outros.
Educação e inclusão
Ambos os pais devem estar cientes das opções educacionais disponíveis para seus filhos, incluindo escolas regulares com apoio especializado, escolas especiais e até mesmo educação domiciliar em alguns casos. Compreender os direitos e as leis de inclusão é fundamental para garantir uma educação de qualidade.
Infelizmente, a garantia de direitos da criança com autismo não é sempre uma garantia por parte das instituições, fazendo com que sejam necessárias ações de insistência, discussão com argumentos
Rede de apoio
Ter uma rede de apoio sólida é essencial. Isso pode incluir familiares, amigos, grupos de apoio para pais de crianças autistas e profissionais de saúde. Os pais devem estar dispostos a buscar ajuda quando necessário e compartilhar suas experiências com outras pessoas que entendam os desafios do autismo.
Autocuidado
Por fim, mas não menos importante, os pais de crianças autistas devem priorizar o autocuidado, esta é uma etapa regularmente esquecida pelos por ambos, cuidar de si próprios. Cuidar de uma criança com autismo pode ser emocionalmente desafiador e fisicamente cansativo. Tirar um tempo para si mesmos, buscar apoio emocional e cuidar de sua própria saúde mental são fundamentais para serem pais eficazes, pacientes e amorosos para seus pequenos.
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Esses conhecimentos básicos podem ser um ponto de partida para os pais que se encontram na jornada de criar uma criança com autismo, mas é sempre bom lembrar que cada criança é insubstituível e única. Continuar aprendendo, adaptando e buscando apoio profissional conforme as necessidades individuais de seu filho irá ajudar você a manter-se ativo e a evoluir ao longo do tempo .
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