5 Dicas na intervenção com criança com TOD

Criança com Hiperfoco: Entenda como você pode usá-lo para estimular seu filho ou paciente!
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O TOD ( Transtorno Desafiador Opositivo) é um transtorno comportamental. Uma criança com TOD se comporta de maneira inadequada, muitas vezes sendo agressiva, briguenta, opositora, tendo atitudes vingativas, entre outros aspectos definidos pelo CID e pelo DSM-V.

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID 10), o TOD é definido dessa maneira: “Transtorno de conduta manifestando-se habitualmente em crianças jovens, caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ou perturbador e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves.

Dessa forma, esse é um transtorno que pode afetar crianças pelo mundo todo, e eles precisam ser trabalhados para que haja uma melhor qualidade de vida para essas crianças e suas famílias.

Por que o psicólogo é importante?

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Conviver com criança com TOD é desafiador, pois as atitudes e comportamentos podem se tornar, muitas vezes, imprevisíveis. 

Muitos pais observam comportamentos disruptivos em seus filhos, mas acreditam que isso pode ser apenas uma fase, e acabam não fazendo nada a respeito, pois não sabem como podem ajudar e ficam em dúvida se faz parte daquela fase da criança ou não.


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Entretanto, é muito importante que, caso a criança apresente alguns dos sintomas que mostraremos abaixo, os pais busquem ajuda profissional, pois o tratamento com psicólogos pode ser muito importante para que ocorra mudanças significativas nesse cenário. Conheça alguns sintomas importantes:

  • Acessos de raiva corriqueiros;
  • Constante discussão com adultos;
  • Desafia as regras;
  • Tem ações deliberadas para irritar outras pessoas
  • Tem atitudes vingativas quando contrariado;
  • Responde muito.

Esses e outros comportamentos semelhantes são sintomas característicos de crianças com TOD. Como você pode perceber, são sintomas marcantes e totalmente inadequados.

“Como fazem parte do mesmo transtorno, é importante diferenciar os critérios diagnósticos do Transtorno de Conduta e do Transtorno de Oposição Desafiante. De acordo com Riggs (1997) o TC ocorre especificamente em crianças (antes do 12 anos) e adolescentes (podendo desenvolver o transtorno de personalidade antissocial), sendo mais comum em meninos, os quais possuem um comportamento indesejado perante a
sociedade. Tais comportamentos ocorrem em vários contextos em que a criança e o adolescente estão inseridos, podendo causar prejuízos para um bom desempenho acadêmico, social e familiar.


Os comportamentos perturbadores são de conduta agressiva e não agressiva, como por exemplo: defraudação ou furto, ou ainda violações sérias de regra. Os de conduta agressiva são aqueles que podem causar ameaça ou prejuízo a pessoas, os de conduta não agressiva podem causar dano a algum patrimônio, defraudação e incluem tanto os comportamentos de enganar os outros, quanto os de fugir de casa, não voltar no horário devido, mesmo que os pais proíbam. Antigamente este transtorno era nomeado e delinquência. Se o mesmo não for tratado conforme orientação da equipe, a maioria dos portadores deste transtorno pode vir a praticar delitos (Farias et al., 2011; Riggs 1997).


Moffitt citado em Silva (2011) afirma que: ‘A maioria das crianças com transtorno de conduta teve sintomas que as diagnosticariam com Transtorno de Oposição Desafiante, e grande parte, ainda que não a totalidade, dos adultos com transtorno da personalidade antissocial
passou pelo transtorno da conduta durante a infância… A maioria das crianças com Transtorno de Oposição Desafiante não evolui para o transtorno da conduta,e a maioria das crianças com transtorno da conduta não desenvolve o transtorno da personalidade antissocial (pp.171).
‘”

(trecho retirado da monografia – fonte)

Esses comportamentos podem gerar problemas familiares importantes, e por isso a condução dos pais é fundamental para que ocorra uma mudança. 

E a principal ação é, após a identificação de sintomas característicos como esse, levar seus filhos aos psicólogos, pois eles podem atuar de maneira eficiente no diagnóstico e no tratamento dessa condição, como você pode verificar mais afundo nesse artigo. 

Para psicólogos que estão começando e que querem trabalhar com atendimento desse tipo, traremos 5 Dicas na intervenção com criança com TOD, que você confere na sequência.

1 – Autoconhecimento – compreender mais sobre si mesmo

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Você pode estar cansado dessa expressão “autoconhecimento”, pois é um assunto que vem sendo muito trazido nos dias atuais.

Entretanto, a criança com TOD tem poucos instrumentos de compreensão sobre si mesmo e sobre as relações que o envolvem, e é muito importante que eles passem a ter uma compreensão maior do seu próprio comportamento e das emoções que o iniciam.

Dessa maneira, uma das formas de se preparar para atender criança com TOD de forma mais efetiva, é adquirindo livros de livros para a psicoeducação e utilizando os métodos descritos por esses materiais, durante o atendimento.

Caso você não conheça, a psicoeducação é uma técnica de Terapia Cognitivo-Comportamental,  que tem como objetivo ajudar na orientação de psicólogos em relação ao comportamento do seus pacientes, ajudando-os a entender mais sobre a consequência de suas ações, na construção de seus sentimentos, no estabelecimento de suas crenças e valores, etc.

Por isso, adquirir livros que podem ajudar a melhorar seu entendimento sobre essas técnicas, pode ser uma maneira interessante de criar uma abordagem eficiente para tratamento de criança com TOD.

Livro 1
Livro 3
Livro 2

2 – Ensinar sobre combinados com o paciente e não ceder frente aos comportamentos desafiadores

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Durante as sessões de atendimento entre um psicólogo terapêutico e uma criança com TOD, o profissional pode propor uma série de combinados, ou seja, alguns termos, que normalmente se referem ao comportamento das crianças, que devem ser sempre cumpridos durante o atendimento.

É importante destacar que isso não deve ser uma chantagem, pois isso afeta a relação de confiança entre terapeuta e paciente, mas sim combinados que são pré-estabelecidos e que devem ser estimulados constantemente.

Dessa maneira, é importante ensinar que esses combinados devem ser cumpridos e os pacientes não podem ceder. O mesmo funciona para os profissionais, ou seja, quando a criança apresenta comportamentos desafiadores, o profissional deve permanecer com as ideias que foram estabelecidas, aumentando a confiabilidade.

Ainda, recomendo que os combinados sejam feitos de maneira visual, seja com desenhos, artes no canva (a criança pode ajudar a criar as artes com você) ou outras formas que ajudem o cérebro dela a conectar diretamente com o combinado ao olhar a imagem.


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 3 – Ensinar sobre emoções

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As emoções que sentimos podem ser determinantes para o nosso comportamento no dia a dia e a interação que temos com outras pessoas ao nosso redor.

Um paciente que apresenta Transtorno desafiador opositivo, ou seja, uma criança com TOD precisa entender mais sobre os sentimentos que estão ali dentro, pois a busca por alcançar essas emoções geralmente será através de comportamentos inadequados.

Existem diferentes maneiras de ensinar uma criança com TOD de como lidar com seus sentimentos e emoções. Você pode ensinar sobre as emoções, por exemplo, com jogos terapêuticos, livros, brincadeiras, teatro, desenhos.

É interessante que você utilize diversas estratégias para psicoeducar seu paciente sobre as emoções, é importante para que ele tenha maiores estratégias de resolução de problemas, ajudando a obter mudanças comportamentais significativas. 

4 – Leia e entenda mais sobre funções executivas

Quando falamos sobre funções executivas, estamos discutindo um conjunto de habilidades cognitivas, que são fundamentais para que as pessoas consigam controlar, conscientemente e deliberadamente, sua forma de agir, pensar e de sentir as emoções.

Elas ainda ajudam cada indivíduo a compreender melhor o mundo a seu redor, entendendo mais sobre o papel de cada pessoa com os ambientes ao seu redor, sua influência com outras pessoas, relações afetivas, intelectuais, etc.

Dessa maneira, quando o psicólogo consegue trabalhar o funcionamento dessas funções executivas em uma criança com TOD, eles podem proporcionar que os pacientes consigam ter um maior repertório de comportamentos adequados com as pessoas ao seu redor, principalmente figuras de autoridade.

5 – Orientação contínua dos pais

Para finalizar, é fundamental destacar que esse o resultado de tratamento com criança com TOD só será efetivo se o procedimento for para além do consultório.

Em um consultório de psicologia, os psicólogos apresentam um ambiente controlado, com todos os instrumentos necessários para o tratamento e com o conhecimento adequado para lidar com as adversidades.


Mas, em outros ambientes, como na residência das crianças, em que existem outros aspectos variados que podem influenciar no comportamento das crianças, como o próprio ambiente, o convívio com familiares, etc.

Por isso, é fundamental que os terapeutas trabalhem em conjunto com os pais, para que a avaliação da mudança comportamental possa ser mais conclusiva. 

Os pais devem observar continuamente o comportamento de seus filhos, passando as informações para os terapeutas. Dessa maneira, eles conseguem absorver essas ideias, mudar abordagens e tentar encontrar um caminho mais correto para que o tratamento tenha sucesso. 

Conclusão

Como vimos nesse artigo, o TOD é uma condição que precisa ser trabalhada. Esse transtorno reflete na forma como as crianças se comportam em diferentes espaços, e pode gerar desafios variados para o convívio dessas crianças com as pessoas à sua volta. Por isso, apresentamos dicas que podem ser importantes para que os psicólogos consigam melhorar seu atendimento com criança com TOD, garantindo resultados ainda mais interessantes. .

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