Fobia social infantil: descubra tudo dessa fobia e como ajudar a criança

Fobia social infantil: descubra tudo dessa fobia e como ajudar a criança
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

A fobia social infantil, também conhecida como transtorno de ansiedade social na infância, é uma condição que afeta a capacidade da criança de interagir e se sentir confortável em situações sociais. Em outras palavras, as interações sociais deixam de ser naturais para a criança. 

Assim como em adultos, essa condição pode ser altamente debilitante e impactar significativamente a vida diária da criança, pois a interação com outras pessoas é parte do nosso cotidiano. 

Nós exploraremos, junto, alguns detalhes que envolvem a fobia social infantil, assim como suas causas, possíveis sintomas, o diagnóstico e opções de tratamento.

O que é e como funciona?

A fobia social infantil é uma condição de saúde mental que se manifesta em situações sociais, nas quais a criança experimenta ansiedade intensa e medo extremo de ser julgada ou avaliada negativamente pelos outros. 

A fobia social infantil pode ser tão avassaladora que a criança simplesmente passa a evitar todas e quaisquer situações que envolvam outras pessoas sempre que possível.

As situações das quais estamos falando podem variar desde simples interações com colegas de classe para, por exemplo, emprestar uma borracha, até eventos mais formais, como apresentações em público, dinâmicas e brincadeiras coletivas. 

O medo de ser o centro das atenções e o receio de ser criticado são características proeminentes da fobia social infantil, e provavelmente os primeiros a serem notados pelos pais, familiares e demais cuidadores. 

O que causa o transtorno?

A causa exata da fobia social infantil não é conhecida, mas uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais pode, sim, desempenhar um papel no seu desenvolvimento. 

Alguns dos fatores que podem contribuir consideravelmente para o desenvolvimento da fobia social infantil incluem:

Genética: Se há histórico de transtornos de ansiedade na família, por exemplo, a criança pode ter maior probabilidade de desenvolver fobia social devido a reações comuns e padrões de pensamento, observadas desde o início em familiares.

Desregulação neuroquímica: Desequilíbrios nos neurotransmissores, como a serotonina, podem desempenhar um papel central na vida social de uma criança. Como o cérebro reage às interações sociais é um fator de extrema importância ao analisar como e porquê a fobia social infantil se deu início durante a trajetória da criança. 

Experiências traumáticas: Traumas ou experiências sociais negativas, como bullying, podem contribuir para o desenvolvimento da fobia social.

Ambiente familiar: Um ambiente familiar super protetor ou excessivamente crítico pode, também, aumentar o risco consideravelmente, fazendo com que a criança se torne “alerta” o tempo todo ao próprio comportamento, ações, e até mesmo pensamentos quando interage com outras pessoas na presença dos pais, assim como fora dela. 

Temperamento da criança: Algumas crianças podem ser naturalmente mais tímidas ou sensíveis e ter o seu ritmo e espaço constantemente desrespeitados, o que as torna mais propensas a desenvolver ansiedade social. 

Fobia social infantil: descubra tudo dessa fobia e como ajudar a criança

E quais são os sintomas? 

Os sintomas da fobia social infantil podem variar em gravidade, mas geralmente incluem ansiedade intensa e desconforto em situações sociais. Alguns dos sintomas mais comuns são:

Medo intenso: A criança experimenta um medo intenso e persistente de situações sociais.

Evitar situações de interação: Evitar situações sociais é uma característica marcante da fobia social infantil. Este movimento pode incluir evitar a escola, não querer falar em sala de aula ou evitar festas e eventos sociais.

Preocupação antecipatória: A criança pode preocupar-se com situações sociais com antecedência e ficar ansiosa só de pensar nelas.

Reações físicas: Ansiedade social pode levar a reações físicas, como sudorese excessiva, tremores, batimentos cardíacos acelerados e sensação de sufocamento.

Desempenho escolar afetado: Em crianças mais velhas, a ansiedade social pode afetar o desempenho acadêmico devido à evitação de situações de sala de aula.

Isolamento social: A criança pode se isolar dos colegas e amigos, o que pode levar à solidão e depressão.

Autoestima baixa: A exposição constante a situações sociais negativas podem minar a autoestima da criança.

Existe um diagnóstico padrão? 

Diagnosticar a fobia social infantil requer a avaliação de um profissional de saúde mental qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra, e não pode ser feita online ou em apenas uma sessão. O diagnóstico é feito com base em critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). 

Que devem ser considerados ao longo de observações, conversas e análises. Alguns dos  critérios que serão avaliados pelos profissionais são o medo ou ansiedade intensa e persistente em situações sociais em que a criança é exposta ao escrutínio de outras pessoas. 

A preocupação excessiva com humilhação ou vergonha em situações sociais, a evitação ou sofrimento significativo em situações sociais e a ansiedade social em seu funcionamento social e acadêmico diário.

É importante que o diagnóstico seja realizado por um profissional experiente, que conheça a infância e suas nuances, pois outros transtornos, como o transtorno de ansiedade generalizada ou o transtorno do espectro do autismo, podem apresentar sintomas semelhantes.

Fobia social infantil: descubra tudo dessa fobia e como ajudar a criança

Existe tratamento? 

Apesar de não trabalharmos com “tratamento” na psicologia infantil, a fobia social infantil é um contexto que demanda meios de ajudar a criança a lidar com a ansiedade social e melhorar sua qualidade de vida. Como, por exemplo: 

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é frequentemente considerada a terapia de escolha para a fobia social. Ela ajuda a criança a identificar pensamentos irracionais e a desenvolver estratégias para enfrentar situações sociais.

A terapia de exposição: A terapia de exposição envolve gradualmente expor a criança a situações sociais temidas, ajudando-a a enfrentar seus medos.

O uso de medicamentos: Em casos graves, um médico pode prescrever medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos.

Treinamento de habilidades sociais: Isso pode incluir ensinar a criança como iniciar e manter conversas, fazer amigos e lidar com situações sociais.

Grande apoio familiar: A participação dos pais no tratamento é fundamental. Eles podem aprender a apoiar a criança em casa e a criar um ambiente de suporte que se estenda aos outros ambientes nos quais a criança se sente insegura.

O apoio é contínuo: 

Prevenir a fobia social infantil não é sempre possível, mas o apoio e a compreensão dos pais e cuidadores são essenciais. Ao identificar os sinais precoces de ansiedade social e procurar ajuda profissional quando necessário, é possível melhorar significativamente o prognóstico.

É importante lembrar que a fobia social infantil é uma condição manejável, e muitas crianças podem aprender a lidar com sua ansiedade social e viver vidas saudáveis e satisfatórias com o apoio adequado. O envolvimento da família e a busca por tratamento são passos cruciais para o bem-estar da criança.

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