Descubra como trabalhar luto infantil

Descubra como trabalhar luto infantil
Paulinha Psico Infantil

Paulinha Psico Infantil

Olá, sou a Paulinha, psicóloga infantil com foco em transtornos do neurodesenvolvimento. Crio conteúdos na internet desde 2015 e ajudo milhares de mães e outras profissionais da área todos os dias aqui e em minhas redes sociais.

O luto na infância é um processo emocional complexo e, consequentemente, diferente do que ocorre com pessoas na fase adulta. A forma como as crianças lidam com a perda de um ente querido depende de fatores como a idade, o desenvolvimento cognitivo, a personalidade, e o relacionamento que tinham com a pessoa falecida. Para os pais, familiares ou responsáveis, é natural o questionamento “Como trabalhar luto infantil?” apareça, e cabe a nós, psicólogos, a orientar durante esse processo.

As crianças mais novas geralmente têm dificuldade para compreender e processar o que é, em si, a morte. Os primeiros sentimentos externos podem ser a desorganização da personalidade, tristeza, medo e confusão, por exemplo. Como o entendimento dos pequenos sobre o tempo não é o mesmo que nós temos, a duração do processo de luto pode ser maior, e nem sempre a morte é a causa. Separações por longos períodos, ausências repentinas, mudar de escola ou perder um animal de estimação são algumas das situações que dão início a este momento de reflexão e amadurecimento, porém iremos focar no falecimento de pessoas queridas.

A psicologia está no centro das descobertas das melhores formas sobre como trabalhar luto infantil. Quanto menor o paciente, maior o apoio necessário, e é por esta razão que um terapeuta deve estar ativamente envolvido no processo. Alguns pequenos podem ter comportamentos regressivos como voltar a usar fraldas ou pedir para dormir com os pais, outros podem recorrer à sua capacidade criativa e desenvolver crenças de que a pessoa não se foi realmente, ou que irá voltar a qualquer momento. 

Afinal, a dor é inevitável durante o nosso desenvolvimento, e em momentos de luto as emoções e as lembranças marcam presença. É comum, portanto, que as emoções que surgem durante o processo sejam consideradas negativas pelos cuidadores, sendo recorrente explicações inventivas por parte dos familiares para evitar que a criança toque no assunto, fale sobre a pessoa e, consequentemente, não lide diretamente com o que está sentindo. Um comportamento prejudicial, que pode ser evitado a partir das orientações de como trabalhar luto infantil por parte do terapeuta. 

Crianças entendem a morte? 

Descubra como trabalhar luto infantil

Indiferente da idade do seu paciente, a dor de perder alguém importante é sempre imensurável. Mesmo com o entendimento aguçado, até mesmo as crianças maiores irão se deparar com profundos sentimentos de impotência e desamparo, por exemplo, e seu equilíbrio emocional irá ser afetado. A importância de recorrer à psicologia para compreender como trabalhar luto infantil é essencial para que não haja traumas atrelados à inibição das reações apresentadas pelo pequeno diante da perda. 

Mesmo “grandinhos” e com capacidade de compreender o conceito por trás da morte, poderá haver uma mistura de emoções intensas como tristeza, culpa, negação, e até mesmo desespero, que podem causar mudanças repentinas de humor, dificuldades para se concentrar, falta de apetite e alterações no sono. Em todos os casos, é importante entender como trabalhar luto infantil que os adultos que convivem diariamente ofereçam suporte emocional e informações claras e honestas sobre os acontecimentos, permitindo, assim, que as crianças expressem seus sentimentos e emoções dentro do próprio ritmo. Ao responder as perguntas e se mostrar disponível, estarão oferecendo conforto e segurança à criança enlutada. 

Ao considerar que a vivência do luto é fundamental para superá-lo, a psicologia de como trabalhar luto infantil considera de grande importância conviver com a ausência em questão. Na maior parte das vezes, a mudança pode desencadear medo, desânimo, tristeza, raiva e negação da realidade por parte da criança. Sendo assim, cabe ao psicoterapeuta criar um espaço seguro que incentive a expressão livre dos sentimentos, no qual o paciente esteja plenamente confortável para falar e refletir sobre a situação amplamente. 

O luto infantil e o processo terapêutico

bebe chorando

Diferente dos adultos, as crianças têm grande dificuldade de pensar de forma abstrata, e compreendem a morte de diferentes perspectivas dentro de cada fase do seu desenvolvimento cognitivo. “Como assim, Paula? Afinal, são diversas fases”. Segue de forma bem resumida:

Até os 3 anos de idade a ausência é percebida como algo reversível e temporário. Entre os 3 e os 5 anos, é comum que os pequenos acreditem que pensamentos e palavras possam provocar a morte de alguém, abrindo espaço para a culpa. Dos 5 aos 9 anos de idade, o falecimento passa a ser inevitável e definitivo, e o paciente pode questionar crenças sociais ou familiares e deixar de expressar seus sentimentos em determinados contextos. A partir dos 10 anos o impacto acontece, também, no campo da abstração, sendo comum a criação de hipóteses que levaram à interrupção da vida daquela pessoa e quais os impactos da ausência ao seu redor. 

A consideração dos fatores externos à terapia, além do estágio de desenvolvimento e da faixa etária, é crucial para que o profissional encontre a maneira mais efetiva de estabelecer a comunicação através da escuta e da fala. A psicologia que aborda como trabalhar luto infantil infere que o profissional deve manter uma postura flexível e protetora, utilizando-se de ferramentas lúdicas como a contação de histórias, desenhos e jogos dentro de cada etapa desenvolvimental. A seguir, deixo algumas opções.

A terapia durante o luto 

Os principais sintomas do luto infantil são inquietação, problemas do sono, baixa autoestima, piora no rendimento escolar, sentimentos de culpa, agressividade, mudanças no apetite e falta de interesse em atividades diárias que antes eram prazerosas, muito próximas da depressão. O acompanhamento psicológico a ser realizado, durante este período, deve considerá-los como parte de uma reação natural à perda e, consequentemente, não patológica. 

A terapia deve ser lúdica 

A ludicidade do processo começa na própria linguagem escolhida ao abordar o assunto com a criança. Cada terapeuta pode utilizar os materiais de apoio que julgar mais adequados para a idade, personalidade, perfil e demais fatores constituintes da pessoa que é o pequeno paciente. Sempre se atentando, porém, à necessidade de tais materiais como livros de literatura, brinquedos, jogos, etc., serem clinicamente relevantes e ter seu manejo guiados pela análise funcional durante o processo terapêutico. 

Terapia familiar

Por ser um momento delicado, é natural que os pais também busquem na figura do terapeuta, além de orientações, apoio sobre como trabalhar luto infantil. É interessante que a família seja incluída ao promover um diálogo aberto e seguro sobre o que aconteceu com a criança. Se a família optar por levar o pequeno ao enterro, por exemplo, pode-se orientar a explicação do que está acontecendo, permitir que leve flores ou algum objetivo associado a pessoa como forma de se despedir, ou outras opções de acordo com a cultura e a tradição da família. Além de orientar sobre a importância de se manter a rotina durante este difícil período. 

Afinal, lidar com o luto é um processo diário, que requer de nós, profissionais, abertura, dedicação e presença, sempre buscando o melhor para cada paciente que adentra nosso consultório. Por esta razão, sempre mantenho disponíveis os novos conteúdos no meu blog. Ao assinar o PsicoPlano Infantil, você tem acesso a tudo que compartilho de forma rápida. Também estou sempre disponível para ajudar você durante todo o processo da terapia infantil nos meus canais do YouTube, Facebook e Instagram

Compartilhe esse conteúdo
WhatsApp
Facebook

Tópicos do Conteúdo

Conteúdos que você também pode gostar
Calandar (2)
1 de maio de 2024
A regulação das emoções na...
Calandar (2)
29 de abril de 2024
Atuar como psicopedagoga infantil é...
Calandar (2)
27 de abril de 2024
A psicoterapia comportamental infantil é...
Calandar (2)
25 de abril de 2024
Aplicar a terapia cognitiva comportamental...
Calandar (2)
23 de abril de 2024
A psicologia no desenvolvimento infantil...
Calandar (2)
17 de abril de 2024
Tornar-se um especialista em psicologia...
Calandar (2)
11 de abril de 2024
Abrir um consultório de psicologia...

Newsletter: Receba Notícias e Conteúdos

Receba as novidades do mundo da Terapia Infantil toda semana!

Jornada Terapeuta Infantil de Sucesso

Aprenda a se desenvolver mais como terapeuta infantil, como lotar sua agenda e fazer a gestão do seu consultório do zero.

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Descubra como trabalhar todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil.

TERAPEUTA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Aprenda como atuar em todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil, através da metodologia IAMF.

PSICÓLOGA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Aprenda como atuar em todas as demandas clínicas eliminando qualquer insegurança no atendimento infantil, através da metodologia IAMF.

PSICÓLOGA INFANTIL NÃO PERCA!!!

Digite o que procura abaixo