O que é DSM, entenda como funciona e sua importância 
O que é DSM, entenda como funciona e sua importância 

Quando nós saímos da universidade, as dúvidas são as primeiras companheiras que encontramos na carreira. E dentre os mais diversos conceitos a que somos apresentados, o DSM pode ser um uma grande incógnita. Pensando nisso, resolvi escrever sobre o que é DSM e qual a importância do que ele propõe. 

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, ou DSM,  é publicado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) como uma ferramenta para auxiliar os profissionais da saúde mental, médicos e pesquisadores que buscam compreender e classificar transtornos mentais. 

Para entendermos melhor o que é DSM, podemos vê-lo como o documento que fornece critérios diagnósticos detalhados e informações sobre uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos, permitindo uma linguagem comum e uma abordagem padronizada na identificação e categorização dessas condições, para que tenhamos um parâmetro comum.

O principal objetivo do DSM é oferecer um sistema consistente e confiável para classificar e diagnosticar transtornos mentais independentemente de nacionalidade. Esta unicidade é fundamental para garantir que profissionais de diferentes áreas da saúde mental possam se comunicar de maneira eficaz, compartilhando informações e compreensão sobre as condições de seus pacientes. 


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Como ele orienta? 

Ao elucidar o que é DSM, é importante considerar que o documento auxilia na pesquisa, na elaboração de protocolos de tratamento e no desenvolvimento de diretrizes clínicas. O seu funcionamento é baseado em critérios diagnósticos específicos para cada transtorno, a fim de identificar e diferenciar entre si as possibilidades, e não um fundamento pétreo. 

Cada transtorno tem uma lista de critérios que devem ser atendidos para que o diagnóstico seja confirmado. Esses critérios podem envolver a presença de sintomas específicos, a frequência e a duração desses sintomas, e a exclusão de outras condições que possam causar sintomas semelhantes. 

Os critérios são geralmente organizados em categorias, e cada categoria representa um transtorno específico.A definição de o que é DSM passou por várias revisões e edições ao longo dos anos, sendo a última edição, DSM-5, publicada em 2013. 

As edições anteriores importam? 

É uma leitura que pode agregar conhecimento e entendimento sobre o que foi alterado e porquê ao longo dos anos, porém, nós não devemos tê-la como obrigatória para compreender o que é DSM. Apenas a edição mais atual pode ser suficiente. 

Cada edição reflete avanços no entendimento dos transtornos mentais e nas práticas de diagnóstico. A quinta edição, por exemplo, trouxe atualizações significativas nos critérios diagnósticos, incorporando novas pesquisas e refinando as descrições anteriores dos transtornos.

É importante destacar, ao analisar o que é DSM, que ele é, e nem deve ser, um manual de tratamento. Ele se concentra na categorização e descrição dos transtornos com base em critérios diagnósticos, em outras palavras, estabelece um parâmetro. 

Os métodos e soluções específicos para cada transtorno podem variar grandemente, e com base nas características individuais do paciente, nas abordagens terapêuticas disponíveis e nas preferências do próprio paciente nós encontramos caminhos menos difíceis de serem trilhados.

O que é DSM, entenda como funciona e sua importância 

Há críticas! 

 O DSM tem sido alvo de críticas e debates por vários anos. Algumas preocupações incluem a possibilidade de rotulagem excessiva, a subjetividade dos critérios diagnósticos e a categorização simplificada de condições complexas. 

A linha entre normalidade e patologia nem sempre é clara, levando a discussões sobre a ampliação das definições de alguns transtornos. Em resumo, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais é uma ferramenta valiosa na prática clínica e na pesquisa em saúde mental.

E o DSM propõe um sistema padronizado para a classificação e diagnóstico de transtornos mentais, permitindo a comunicação eficaz entre profissionais e contribuindo para o avanço do conhecimento sobre a saúde mental. Uma ferramenta extremamente bem-vinda.

E como ele se relaciona com a psicologia infantil? 

Após entendermos um pouco melhor o que é DSM e o porquê desempenha um papel fundamental na psicologia, fornecendo um sistema padronizado para a identificação e classificação de transtornos mentais que podem afetar crianças e adolescentes. 

A relação entre o DSM e a psicologia infantil pode ser melhor compreendida, pois o manual oferece critérios diagnósticos específicos que auxiliam os profissionais a compreender e diagnosticar os desafios psicológicos enfrentados, também, por crianças.

O DSM oferece critérios diagnósticos claros e específicos para diversos transtornos mentais que podem afetar crianças e adolescentes, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtornos do Espectro Autista (TEA), Transtornos de Ansiedade e muito mais. Isso permite que os psicólogos infantis identifiquem com precisão as condições de seus pacientes e forneçam intervenções apropriadas.

Ao estabelecer uma linguagem comum entre os profissionais de saúde mental, há maior garantia de que diferentes profissionais possam comunicar informações com os demais profissionais que prestam apoio psicológico e psiquiátrico à criança.


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Ao diagnosticar um transtorno específico em uma criança, os psicólogos infantis podem selecionar as intervenções mais apropriadas, baseadas em evidências, para abordar os sintomas e os desafios que a criança está enfrentando de forma assertiva.

Além da prática clínica, o DSM também orienta a pesquisa na área da psicologia infantil. Ele fornece um padrão para a categorização e estudo dos transtornos vivenciados pelas crianças, permitindo que os pesquisadores compreendam melhor a prevalência, os fatores de risco e os resultados a longo prazo.

No entanto, nós devemos lembrar que o uso do DSM na psicologia infantil deve ser cuidadoso e contextualizado. A avaliação de crianças envolve aspectos únicos, como o desenvolvimento típico e a influência do ambiente familiar e escolar. 

Os psicólogos infantis devem considerar não apenas os critérios diagnósticos, mas também a história e a situação individual da criança ao fazer um diagnóstico e desenvolver uma intervenção.

Para além do que foi dito, a psicologia infantil não se limita apenas a transtornos, ou à prática clínica. Também envolve o entendimento do desenvolvimento infantil, das relações familiares, das habilidades sociais e emocionais e da promoção do bem-estar geral das crianças. 

Para auxiliar os psicólogos infantis durante o processo de incorporar uma abordagem holística e contextualizada para compreender e apoiar as crianças em suas diversas necessidades, eu criei PiscicoPlano Infantil e o meu blog.

Eu também sempre busco compartilhar novos conhecimentos e horizontes nas minhas redes sociais (Instagram, TikTok e YouTube)

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