A psicoterapia se fraciona em várias abordagens. Dentre elas, se encontra a psicoterapia autismo infantil, voltada ao atendimento de crianças diagnosticadas com TEA, e é esse tema que trago aqui dessa vez.
Para o espectro autista, a intervenção psicológica se destaca como a maior responsável pelos recursos disponíveis, sendo fonte constante de contribuições para o tratamento tanto de crianças quanto de adultos que convivem com o autismo, porém não a única. Devido às peculiaridades do transtorno neurológico, fazendo de cada paciente único, é possível que as dificuldades cognitivas e motoras necessitem de outros atendimentos especializados como fisioterapia ou atenção nutricional.
O terapeuta infantil, porém, destaca-se de forma diferenciada para a criança com TEA, a infância é o período no qual os aspectos primários da personalidade e do desenvolvimento pessoal irão florescer e orientar a relação que uma pessoa terá com o ambiente externo. Sendo assim, o psicólogo tem uma função ativa para auxiliar durante a adaptação social e comunicativa deste paciente.
O que é TEA?
Por mais disseminadas que estejam as informações hoje, o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) é sempre recebido com receio pela família do paciente, naturalmente. O primeiro passo para compreender as características do autismo na criança e como elas irão se manifestar e afetar cada indivíduo é a aceitação do diagnóstico, e ele requer tempo.
Ademais, a condição neurológica reflete, principalmente, na forma como se dá a convivência social e a comunicação da criança, que podem ser distintas do que é comum para a faixa etária. Indiferentemente às peculiaridades de cada indivíduo e dos profissionais envolvidos para realizar as intervenções necessárias, a psicoterapia autismo infantil é essencial para a garantia da saúde psicológica da criança.
Psicólogo e família
O núcleo familiar e sua relação com ele é um dos pilares no atendimento da psicoterapia autismo infantil. Nós, enquanto profissionais da psicologia, contarmos com os familiares para dar continuidade às práticas é um diferencial que irá garantir o sucesso do nosso trabalho dentro do consultório.
A partir do canal aberto de comunicação entre terapeuta e os cuidadores da criança, a troca de informações relevantes acontece de forma natural e ampla, sempre prevalecendo o acompanhamento do desenvolvimento do paciente. Conhecer mais sobre sua rotina, suas dificuldades e conquistas, faz com que os métodos adotados promovam assertividade no processo terapêutico.
Além dos benefícios que já mencionei, a família, quando ativa e participativa na evolução da criança, se sente segura quanto ao desenvolvimento e os resultados positivos da psicoterapia autismo infantil tanto na saúde psicológica do paciente, quanto nas próprias ações e decisões que envolvam o seu bem estar.
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Equipe multidisciplinar
A multidisciplinaridade é o resultado de uma ação tomada a partir de diversas perspectivas. Quando se trata de educação, ela se dá em uma atividade de arte que envolve conhecimentos matemáticos e interpretação de texto, por exemplo. Na psicoterapia autismo infantil ela se dá a partir do trabalho conjunto com terapeutas ocupacionais, profissionais que trabalham a psicomotricidade, musicoterapeutas, grupos voltados para habilidades sociais e fonoaudiólogos.
Ao atender um paciente com autismo, é importante se atentar às demandas pessoais da criança. Para que o processo terapêutico seja eficiente, a participação dos demais profissionais se torna natural. Um dos espaços mais frequentados pela criança, no qual grande parte do seu desenvolvimento ocorre, é a escola. Os professores e demais educadores necessitam, assim como a família, de orientações quanto ao pequeno indivíduo que está sendo acolhido na instituição.
Assim como médicos e fisioterapeutas, os professores irão contar com o psicoterapeuta para orientar tratamentos e métodos que sejam funcionais e façam sentido para a criança. Afinal, muito além do consultório, a psicoterapia autismo infantil trabalha diretamente com a pessoa em formação inserida em uma sociedade, em contato com outras pessoas, que necessita se comunicar, interagir, participar e encontrar sua independência de forma saudável e segura com o apoio devido.
Abordagens
A psicoterapia autismo infantil é a grande personagem por trás do enfrentamento dos desafios diários do pequeno paciente com TEA. De natureza individual ou social, as dificuldades encontradas necessitam atenção e trabalho constantes para que não se tornem empecilhos permanentes no crescimento da criança autista. Por este motivo, psicoterapeutas se utilizam de diversas abordagens que mostraram resultados positivos.
- Análise de Comportamento Aplicada (ABA)
O método ABA é a proposta de intervenção mais divulgada. Desde as primeiras publicações em 1987, esta abordagem foca no ensino de comportamentos com base nos acontecimentos anteriores e posteriores à ação. Ainda de acordo com a teoria da aprendizagem operacional, é oferecida uma recompensa após o paciente apresentar o comportamento desejado, reforçando-o.
Um importante contraponto a ser considerado ao aplicar o ABA é a limitação do método, pois ele se torna ineficiente perante novas situações e é altamente dependente do direcionamento dado pelo adulto.
- Intervenção de desenvolvimento baseada nas relações (DRBI)
Já a DRBI, como o nome diz, tem em sua base a relação com os cuidadores da criança. A partir da constante formação, a intervenção é feita diretamente com os pais ou responsáveis.
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O intuito é que as interações entre o paciente e seus cuidadores sejam significativas e livres de recompensas ou direcionamentos fixos, tendo o interesse especial da criança como referência para as atividades, a fim de auxiliar na sua criatividade, comunicação, desenvolvimento de ideias e estabelecimento de ligação social com as figuras familiares.
- Intervenção naturalista de desenvolvimento comportamental (NDBI)
Diferentemente das anteriores, a NDBI traz um maior leque de escolhas a fim de aumentar a adesão da criança ao tratamento. O processo de aprendizagem se dá de forma natural durante brincadeiras e atividades rotineiras, e as recompensas são relacionadas ao seu interesse especial.
A escolha dos objetivos a serem alcançados é baseada nas capacidades de cada criança para aumentar suas habilidades comunicativas e seu vocabulário, por exemplo, e desenvolver novos comportamentos benéficos.
Afinal, a psicoterapia autismo infantil é um processo constante, e a escolha do tratamento que irá oferecer a melhor resposta para seu paciente depende de diversos fatores intrínsecos à individualidade de cada criança. Eu, tia Paulinha, ofereço diversas soluções e conteúdos atualizados para te auxiliar no seu processo no meu PscioPlano Infantil, assim como estou sempre disponível para esclarecer suas dúvidas nas minhas redes: Instagram e TikTok. Acompanhe também o meu blog para não perder ótimos recursos disponíveis!
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