Uma pessoa com baixa autoestima pode passar por grandes sofrimentos em diversos aspectos da própria vida, principalmente no que diz respeito às realizações pessoais e profissionais, além do convívio social. Imagine então, o que pode acontecer nos casos de baixa autoestima infantil.
Um problema atual
A autoestima é um assunto que, já há alguns anos, recebe um grande foco de especialistas da saúde e também de pessoas que buscam uma vida mais leve, significativa e alegre. Isso acontece, também, porque desde algumas décadas atrás, a maioria das pessoas meio que perderam “a bússola” que dá norte às suas vidas e, assim, não têm uma boa estruturação vital, um bom plano de ação.
Sem um norte a se seguir e um planejamento consciente e efetivo, o caminho mais provável para o indivíduo é o da confusão, falta de confiança em si mesmo e nos outros, e até um pessimismo em relação às próprias capacidades. Esse é o grande problema da baixa autoestima no nosso tempo.
Esses problemas, em grande parte das vezes, começam ainda na infância, que é o período no qual, idealmente, a pessoa desenvolve e testa suas capacidades, ganhando assim certo grau de confiança e estima por si mesma. Dependendo das situações, tratamentos e até possíveis traumas pelos quais a criança passa, ela pode vir a ter baixa autoestima infantil e ser afetada de maneira muito danosa, o que pode gerar consequências que vão acompanhar o pequeno até a vida adulta.
Como é desenvolvida a autoestima infantil
Para entender como melhorar a baixa autoestima infantil, é preciso antes entender como ela funciona e se desenvolve nas crianças, para assim saber onde e como agir.
Conforme a criança cresce e passa a perceber a si mesma e ao mundo como coisas separadas e definidas, começa a entender que é capaz de realizar algumas coisas e outras, não. A autoestima, tanto com adultos quanto com as crianças, é intimamente ligada com a capacidade (ou a sensação de capacidade) de poder fazer coisas. Ser capaz de conquistar a atenção de alguém, de realizar tarefas, de interagir socialmente, de falar a um público, tudo isso tem relação com a autoestima.
Ou seja, uma das maneiras mais práticas de melhorar a autoestima de qualquer pessoa é melhorar suas habilidades até que ela domine de fato aquilo que pensa não ser capaz de fazer. Acontece que, em muitos casos, isso não é suficiente. Por que?
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Muito provavelmente, as crianças e até adultos que têm problemas com autoestima mesmo depois de dominar as habilidades necessárias, sofreram com alguns tratamentos específicos na infância. Um pai, por exemplo, que pede ajuda ao filho e o xinga quando este não consegue fazer o que foi pedido, mesmo que simplesmente ninguém o tenha ensinado, está contribuindo para essa sensação de incapacidade da baixa autoestima infantil.
Outro bom exemplo é uma mãe superprotetora que faz tudo pelo filho, até mesmo as lições de casa e trabalhos escolares. Uma criança superprotegida não adquire as experiências necessárias para que aprenda a lidar com várias situações, e isso vira uma bola de neve que vai travar a pessoa quando ela passar por alguma situação semelhante no futuro e perceber que todos sabem fazer aquilo, mas ela dependia da mãe.
Todas essas situações exemplificadas geram travas no comportamento da criança. Isso pode se expressar de diversas maneiras, dependendo do temperamento e da personalidade de cada um, mas em qualquer caso, o risco de virar uma bola de neve é grande. No convívio com outras crianças, qualquer comportamento muito fora do padrão vira motivo de piadas e chacota, ou de repreensões, o que só reforça a sensação de incapacidade e piora o quadro todo.
Como ajudar um paciente com baixa autoestima infantil
Vimos aqui que, na maioria das vezes, a baixa autoestima infantil está ligada às capacidades da criança. Sendo assim, um grande passo na direção da conquista da autoestima acontece justamente quando a criança desenvolve novas habilidades naquelas áreas da vida em que se sente insegura e incapaz. O terapeuta pode ajudar muito ao ensinar técnicas para falar em público, por exemplo, ou para expressar melhor os sentimentos.
Um fator extremamente importante no consultório é criar um ambiente completamente seguro e sem julgamentos, para que a criança, pelo menos nesse ambiente, consiga ser quem ela é. Às vezes, o simples fato de ter um ambiente seguro já ajuda o pequeno a agir com mais confiança nos outros momentos da vida.
Algo essencial a se considerar é que, na construção dessa confiança com o paciente, o terapeuta não deve subestimar a criança. Muitos jovens inteligentes vão perceber se o profissional estiver elogiando tudo o que ele fizer, ainda que não esteja bem feito, buscando apenas inflar o ego do pequeno. É importante lembrar que o objetivo do tratamento não é desenvolver uma personalidade soberba e cheia de si na criança, e sim um senso de realidade no qual ele perceba calmamente suas próprias falhas e possa lidar com elas sem grandes pesares, como é o que acontece na baixa autoestima infantil.
Alguns recursos úteis para auxiliar na baixa autoestima infantil
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É sempre bom poder contar com materiais de apoio que direcionem e consolidem o trabalho do psicólogo. Por isso, confira aqui cinco dicas de materiais que podem ajudar:
- Autoestima de A a Z
Acompanhe o duende Az na montagem do seu próprio alfabeto da autoestima! O livro é um best seller que com certeza vai ajudar na clínica.
- Autoestima e Aceitação
Lembra que falamos da visão excessivamente negativa e distorcida de si mesmo, no caso de baixa autoestima infantil? Pois então, este livro traz diversos casos exemplificando a visão de crianças com baixa autoestima e como lidar com cada um deles.
- Jogo “Sou não sou”
Recomendado para qualquer pessoa acima de 8 anos de idade, esse jogo auxilia na clareza sobre o que o paciente pensa de si mesmo e o que almeja ser. É um passo fundamental para a melhora da autoestima.
- Baralho “Cultivando a autoestima”
Contendo reflexões, informações e exercícios, as cartas do baralho da Mundo Psi podem ajudar muito o paciente a se lembrar com frequência daquilo que foi abordado no consultório e fixar melhor os conceitos, já que vai refletir sobre cada carta.
- Autoestima em crianças e jovens
Voltado para pais, educadores e profissionais de psicologia, este livro explica as origens da baixa autoestima e auxilia os cuidadores no acompanhamento dos casos de baixa autoestima infantil.
Me acompanhe!
Um outro recurso importante é estar sempre com o olhar treinado para saber identificar e trabalhar em um caso de baixa autoestima infantil, por isso você pode ganhar muito ao me acompanhar pelas redes sociais, no YouTube, TikTok e Instagram, e também aprender mais sobre o universo infantil com os artigos no meu blog! Te espero por lá.
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