A ansiedade é uma emoção natural que todos nós experimentamos em algum momento da vida. Em adultos, ela pode ser desencadeada por preocupações financeiras, relacionamentos, trabalho e muito mais. Mas o que permeia a ansiedade infantil?
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É importante entender que a ansiedade infantil é uma realidade comum, afetando crianças de todas as idades, e que, como pais, cuidadores e educadores, podemos desempenhar um papel fundamental em ajudar as crianças a enfrentar essa emoção de maneira saudável.
Vamos explorar um pouco mais a fundo o mundo dos pequenos e entender a ansiedade infantil em profundidade, desde suas causas e sintomas até estratégias eficazes para ajudar as nossas crianças a lidar com elas.
O que é ansiedade infantil?
A ansiedade infantil é uma resposta emocional ao estresse percebido, de forma inconsciente ou consciente, ou a situações consideradas desafiadoras. Assim como nos adultos, a ansiedade nas crianças é uma resposta natural que prepara o corpo para lidar com situações de ameaça ou perigo.
No entanto, quando a ansiedade se torna crônica ou excessiva, ela pode afetar significativamente o bem-estar e o funcionamento dos pequenos. E é importante salientar, antes de prosseguirmos, que a ansiedade infantil pode se manifestar de diferentes maneiras, dependendo da idade e da personalidade de cada criança.
O que pode ser uma fonte de ansiedade para o seu filho, ou filha, pode não ser para as demais crianças ou para os adultos à sua volta. A ansiedade infantil pode variar em intensidade também, indo desde preocupações leves até quadros mais graves de transtornos de ansiedade, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) ou o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS).
O que causa o transtorno?
A ansiedade infantil pode ser desencadeada por uma grande variedade de fatores biopsicossociais. Aqui estão algumas das causas mais comuns que nós iremos encontrar:
1. Genética: A predisposição genética desempenha um papel importante. Se há histórico de ansiedade na família, a criança pode ter maior probabilidade de desenvolvê-la.
2. Ambiente familiar: Um ambiente familiar estressante, com conflitos familiares, divórcio ou perdas significativas, pode contribuir para a ansiedade infantil.
3. Escola e pressões acadêmicas: Pressões relacionadas ao desempenho escolar, como testes e avaliações, podem desencadear a ansiedade nas crianças.
4. Trauma: Experiências traumáticas, como abuso, acidentes ou eventos violentos, podem causar ansiedade nas crianças.
5. Mudanças significativas: Mudanças na vida da criança, como mudança de escola, cidade ou país, podem desencadear ansiedade de separação.
6. Mídia e tecnologia: A exposição a conteúdo assustador ou violento na mídia ou em videogames pode causar ansiedade em crianças mais sensíveis.
Quais são os sintomas na criança?
A ansiedade infantil é uma experiência complexa e multifacetada, e os sintomas podem variar significativamente com base na idade da criança e em sua personalidade, que é única e não pode ser comparada ou “cair” em generalizações.
À medida que as crianças crescem e se desenvolvem, suas habilidades de comunicação e expressão emocional também evoluem, o que pode resultar em uma ampla gama de manifestações da ansiedade.
É essencial reconhecer que o que pode ser um sinal claro de ansiedade em uma criança mais velha pode se apresentar de maneira muito diferente em uma criança mais nova. Portanto, a compreensão atenta dos sinais e sintomas, juntamente com uma abordagem sensível e adaptada à idade da criança, é fundamental para ajudar a criança a enfrentar emoções complexas e que causam sofrimento.
É importante observar que a ansiedade pode ser internalizada (manifestando-se em pensamentos e sentimentos) ou externalizada (manifestando-se em comportamentos).
Mais especificamente:
1. Preocupações Excessivas: A criança pode expressar preocupações constantes sobre eventos futuros, como desempenho escolar, amizades ou situações sociais.
2. Medos Irracionais: Pode desenvolver medos intensos e irracionais, como medo de animais, escuro, lugares específicos, entre outros.
3. Problemas de sono: A ansiedade pode afetar o sono da criança, levando a insônia, pesadelos ou terrores noturnos.
4. Sintomas físicos: A ansiedade pode causar sintomas físicos, como dores de cabeça, dores de estômago, tontura e tensão muscular.
5. Comportamentos de evitação: A criança pode evitar situações que desencadeiam ansiedade, como escola, atividades sociais ou eventos familiares.
6. Comportamentos de regressão: Em crianças mais novas, a ansiedade pode se manifestar por meio de comportamentos regressivos, como chupar o dedo ou molhar a cama.
7. Comportamentos ritualísticos: Algumas crianças podem desenvolver rituais compulsivos para lidar com a ansiedade, como contar, repetir palavras ou tocar objetos de maneira específica.
8. Choro e Irritabilidade: A criança pode ficar irritada, inquieta e chorosa sem motivo aparente.
Paula, como eu posso ajudar?
A ansiedade infantil pode ser desafiadora, mas há várias estratégias que os pais, cuidadores e educadores podem adotar para ajudar as crianças a enfrentá-la de maneira saudável:
Comunicação aberta: Estabeleça um ambiente de comunicação aberta em que a criança se sinta à vontade para expressar seus medos e preocupações. Mostre empatia e ouça atentamente.
Ensino de habilidades de enfrentamento: Ajude a criança a desenvolver habilidades de enfrentamento, como a respiração profunda e a autorregulação emocional. Isso pode ser útil para lidar com momentos de ansiedade.
Rotina consistente: Mantenha uma rotina consistente para a criança, com horários regulares para comer, dormir e outras atividades. Isso proporciona segurança e previsibilidade.
Promoção do relaxamento: Ensina técnicas de relaxamento, como a meditação infantil, que podem ajudar a criança a acalmar a mente e o corpo.
Evitar reforçar o medo: Evite reforçar medos irracionais. Por exemplo, se a criança tem medo de cães, não é útil evitar completamente os cães, mas sim ensiná-los a interagir de maneira segura com eles.
Expor gradualmente: Ajude a criança a enfrentar gradualmente suas ansiedades, começando com situações menos assustadoras e progredindo lentamente.
Promova atividades lúdicas: Brincar é uma maneira natural de as crianças lidarem com a ansiedade. Promova atividades lúdicas que estimulem a imaginação e a criatividade.
Procure ajuda profissional: Se a ansiedade da criança for intensa ou persistente, considere buscar a ajuda de um profissional de saúde mental especializado em crianças.
A ansiedade infantil é uma experiência comum na vida das crianças, mas, quando se torna crônica ou excessiva, pode afetar negativamente o seu bem-estar. Como adultos responsáveis, podemos desempenhar um papel importante na compreensão e no apoio às crianças que enfrentam o transtorno.
Ao promover a comunicação aberta, ensinar habilidades de enfrentamento e criar um ambiente seguro, nós podemos ajudar as crianças a superar a ansiedade e desenvolver ferramentas valiosas para a vida. Eu preparei com muito carinho uma lista de profissionais que podem ajudar você e sua família de maneira acolhedora e individualizada.
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